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Supremo forma maioria contra tese de Forças Armadas como poder moderador

Por João Pedro Marques

 

Decisão refuta previsão de intervenção militar pelo artigo 142

Saiba o que é o artigo 142, que não autoriza uma intervenção militar |  Metrópoles

Com o voto do ministro Gilmar Mendes, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria ontem ao registrar seis votos estabelecendo que a Constituição não possibilita uma “intervenção militar constitucional”. A questão chegou à Corte em ação apresentada pelo PDT, em 2020, questionando o emprego das Forças Armadas pelo presidente da República, sobretudo com base no artigo 142 da Constituição, destinando-se “à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Os ministros Edson Fachin e André Mendonça também acompanharam o relator Luiz Fux, que afirmou que “inexiste” no sistema constitucional brasileiro a função de poder moderador das Forças Armadas, uma vez que a Constituição instituiu o “pétreo princípio da separação dos poderes e seus mecanismos de realização”. No domingo, Flávio Dino também votou com o relator, assim como já havia feito o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso. A votação no plenário virtual vai até o dia 8.

Comandante do Exército diz que STF está ‘totalmente certo’

Comandante do Exército diz que STF está “totalmente certo” ao rejeitar  poder moderador das Forças Armadas - Portal Alerta

O comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, manifestou apoio ao posicionamento do Supremo contra o poder moderador das Forças Armadas. “Totalmente! Não há novidade para nós”, disse o general. “Quem interpreta a Constituição em última instância é o STF e isso já estava consolidado como o entendimento”, ressaltou.  O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, também endossou essa visão, afirmando que o posicionamento do STF “é a confirmação do óbvio”.

Sérgio Moro pode escapar de cassação no TRE do Paraná

Caso Moro: Voto de relator dificultou cassação no TRE, avaliam adversários  do senador

O primeiro dia do julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) indicou que a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), que terminou com um voto que favorece o ex-juiz, pode não ocorrer na instância. O relator do processo, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, considerou improcedentes as duas ações que apontam abuso de poder econômico, caixa dois e utilização indevida de meios de comunicação social durante a pré-campanha eleitoral de 2022. Ele não acatou a alegação do PL e da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), apoiada pelo Ministério Público Eleitoral, de que Moro teve vantagem indevida por ter concorrido ao Senado depois de ter feito pré-campanha à Presidência, até mudar de planos, em abril de 2022. Falavinha disse que o PT busca impedir Moro de participar da vida política, citando a ação da sigla que impediu o ex-juiz de se candidatar por São Paulo. O segundo desembargador a votar, José Rodrigo Sade, pediu vista. Com isso, a sessão será retomada amanhã. Outros cinco julgadores também votarão. A corte separou três sessões para tratar do caso.

PM de São Paulo vem batendo recordes de assassinatos

PM de São Paulo afasta policial que pisou no pescoço de mulher negra

As mortes causadas por PMs no estado de São Paulo cresceram 69,8% nos primeiros três meses deste ano frente ao mesmo período de 2023, segundo relatório do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp). Foram 177 óbitos no primeiro trimestre de 2024 contra 116 em igual período do ano passado. O aumento se deve às operações policiais na Baixada Santista, onde 79 pessoas morreram entre janeiro e março. A Secretaria de Segurança Pública diz que os casos estão sendo investigados.

Comissão de juristas elabora proposta de novo Código Civil

Comissão faz esforço concentrado no Senado para votar Código Civil |  Agência Brasil

A comissão de juristas que elabora a proposta do novo Código Civil tem até o dia 12 para apresentar o texto à mesa do Senado, mas um dos itens deve provocar polêmica com a maioria conservadora. O projeto define o casamento civil e a união estável como atos “entre duas pessoas”, não mais entre “homem e mulher”, como prevê a versão atual do código. No capítulo relativo às famílias, os juristas propõem o reconhecimento também de vínculos não conjugais, o que estenderia, por exemplo, direitos previdenciários a irmãos.

Mais de mil artigos devem ser modificados

Código Civil que 'já nasceu velho' completa 20 anos à espera de atualização  - Anoreg-PR

A Comissão, que é presidida pelo ministro Luis Felipe Salomão, visa votar um relatório final para modificar mais de 1.000 artigos. Além do direito da família, as mudanças contemplam os animais e a propriedade. Controversas incluem o direito do nascituro e a atualização do código para refletir mudanças na sociedade, como a digitalização. A revisão busca resolver lacunas sem criar um novo código, com a proposta final esperada para apresentação em abril. Temas como multiparentalidade, doação de órgãos, direitos dos animais e regulamentação do ambiente digital também estão sendo considerados para inclusão nas mudanças.

Medidas do governo Lula ainda não atinge a meta fiscal

Aumento da meta fiscal demonstra que o governo não conseguiu fazer o dever  de casa, aponta

As medidas de arrecadação adotadas pelo governo Lula até o momento são insuficientes para alcançar a meta fiscal de superávit de 0,5% do PIB em 2025. O Tesouro Nacional indica a necessidade de esforço adicional de 1% do PIB, ou cerca de R$ 123,9 bilhões. Há risco de déficit de 0,5% do PIB em 2024 sem novas medidas. A receita atual é sustentada por fontes extraordinárias de curto prazo, e o governo pode precisar de novas iniciativas para aumentar a arrecadação. O sucesso fiscal depende de aprovações do Congresso Nacional, e o governo enfrenta desafios para implementar novas medidas de arrecadação.

Governo pensa em estratégias para aumentar a popularidade

Governo e Congresso duelam em torno da meta fiscal

Depois de pesquisas indicarem uma rejeição cada vez maior ao governo, Lula e ministros vão colocar em prática um plano para tentar reverter o cenário. O presidente cobrou dos ministros a se empenharem mais na divulgação de ações do governo, viajarem pelo país e corrigirem o tom da comunicação. Colocando o plano em prática, alguns chefes de ministérios vão acompanhar Lula nesta semana em visitas a três estados para percorrer comunidades e inaugurar obras.

Comunicação pública terá viés mais propagandístico

EBC faz estreia do Canal Gov e consolida separação da TV Brasil | Agência  Brasil

Outra estratégia que o governo quer fazer é mudar a programação da EBC, a empresa estatal de comunicação, para impulsionar atos positivos do governo. Na TV Brasil e no CanalGov, o tempo de entrevistas com os ministros vai dobrar, e mais religiosos vão ser ouvidos — principalmente evangélicos, grupo que tem resistências a Lula. Mesmo tendo pouca audiência, a ideia é que todo o conteúdo seja cortado e publicado também nas redes sociais do governo. O foco está em mostrar serviço e ajustar o discurso para a população de baixa renda e mulheres — os grupos em que Lula mais perdeu popularidade. Outro foco do governo vai estar em abaixar o preço dos alimentos e combustíveis.

Mercado eleva projeção do PIB e mantém estimativa para inflação

Mercado baixa estimativa de inflação e vê corte maior de juros em 2024 |  Metrópoles

Economistas sondados pelo Banco Central elevaram sua projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2024, mostrou nesta terça-feira o boletim Focus, que, à parte disso, não mostrou grandes novidades nos prognósticos de mercado. Agora, o mercado espera expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,89% neste ano, contra taxa de 1,85% estimada anteriormente, segundo a pesquisa semanal que capta a percepção para indicadores econômicos. A estimativa de crescimento para 2025, no entanto, permaneceu em 2,00%, assim como as expectativas de inflação deste ano e do próximo ficaram inalteradas em 3,75% e 3,51%, respectivamente. Para um prazo mais longo, as projeções de inflação de 2026 e 2027 seguiram em 3,50% pela 39ª semana.

Bolívia negocia com China em e reduz demanda por dólares

Bolívia desafia domínio global do dólar com iuan chinês e rublo russo Por  Reuters

Um mês após a assinatura do acordo entre a China e o governo de Luis Arce para abertura de um correspondente do Banco Industrial e Comercial da China (ICBC, na sigla em inglês) no Banco Unión, já se observam as primeiras repercussões positivas na economia boliviana. Há um mês, a China e a Bolívia começaram a negociar diretamente nas suas moedas de origem: yuans e pesos bolivianos. Neste período, o governo de Luis Arce registrou uma redução de 30% na procura de dólares para o comércio exterior, principalmente devido à chegada de materiais e máquinas da nação asiática. As perspectivas visam ampliar o câmbio, bem como incluir outras moedas relevantes do planeta.

FRASE DO DIA

“Identificação biométrica – a nossa democracia tem as suas digitais”.

Slogan da campanha do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

 

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