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Matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo em 6 de outubro de 1888, que relata a declaração feita pelo então presidente da Câmara dos Deputados quando da promulgação da “Constituição Cidadã”. (Foto: Reprodução / Folha de S. Paulo)

Representando Arthur Lira, Maria do Rosário repete Ulysses Guimarães na promulgação da Constituição de 1988: “A sociedade é Rubens Paiva, não os facínoras que o mataram”

Na cerimônia em defesa da democracia realizada nesta quarta-feira, 8 de janeiro, a petista gaúcha que é a segunda secretária da Casa do Povo defendeu que cada mandato exercido pelo voto popular merece respeito.

 

Por Humberto Azevedo

 

Representando o ainda presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), na solenidade em defesa da democracia para lembrar as invasões e as quebradeiras das sedes dos Três Poderes, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) em discurso no evento repetiu a fala do ex-presidente da Constituinte, Ulysses Guimarães (MDB-SP) – já falecido, feita na promulgação da Carta Magna do país em 5 de outubro de 1988: “A sociedade é Rubens Paiva, não os facínoras que o mataram”

 

A petista, que ocupa até 31 de janeiro o cargo de segunda secretária da Mesa Diretora da Câmara, falou em nome de todos os 513 deputados federais. De acordo com a parlamentar, o deputado Arthur Lira não compareceu ao ato devido a internação de seu pai, Benedito de Lira – prefeito de Barra de São Miguel (AL), em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde que foi operado às pressas no dia 31 de dezembro.

 

A frase de Ulysses, repetida por Maria do Rosário, indiretamente celebra também o sucesso do filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido pelo cineasta Walter Salles, que já levou mais de 3 milhões de brasileiros ao cinema e rendeu à atriz Fernanda Torres o prêmio de “melhor atriz” concedido pelo festival de cinema Globo de Ouro na última segunda-feira, 6 de janeiro, na categoria drama.

 

O filme é baseado no livro homônimo escrito pelo filho de Rubens Paiva, o jornalista Marcelo Rubens Paiva, que conta passagens de sua mãe Eunice Paiva desde o ano de 1971, quando o marido – ex-deputado federal pelo PTB paulista – cassado pela ditadura militar, foi preso por membros das Forças Armadas e nunca mais voltou para casa.

 

Durante a sua fala, Maria do Rosário sustentou que todos os representantes políticos em Brasília representam cada brasileira e cada brasileiro que não receberam a democracia como um legado e, sim, como uma conquista ao direito de participar. A deputada afirmou ainda que todos gostariam que as manifestações de ódio e o horror promovido em 8 de janeiro de 2023 jamais tivessem existido e defendeu punição para todos os envolvidos.

 

“Não podemos ser tolerantes com os intolerantes. Não podemos homenagear o fascismo, o ódio político. Precisamos aprender com a história. E, se estamos aqui, é porque entendemos que aqueles que tentam romper a democracia não devem ter, de nossa parte, a leniência, não podem ser esquecidos, porque o nosso objetivo primeiro é a Constituição, é a República, é a liberdade, é o povo brasileiro”, afirmou a petista gaúcha.

 

COMBATE À INTOLERÂNCIA

 

Maria do Rosário ressaltou ainda que a democracia exige não apenas defesa de instituições, mas um combate ativo à intolerância.

 

“Nós, no âmbito dos nossos poderes, que vivem sempre contradições pela pluralidade que os caracteriza no ambiente democrático, não podemos ser tolerantes com intolerantes. Não podemos homenagear o fascismo, o ódio político. Precisamos aprender com a história”, completou.

 

Com informações de assessoria e da Agência Câmara.

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