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As principais autoridades do Poder Executivo e do Legislativo presentes no segundo dia da 25ª "Marcha dos Prefeitos", realizada em Brasília. A polarização da plateia não abalou os presentes. (Foto: Marina Ramos / Agência Câmara)

Presença de Lula na “Marcha dos Prefeitos” causa disputa entre aplausos e vaias

Presidente da República compareceu ao encontro anual de prefeitos, organizado pela CNM, cercado de seus principais ministros.

 

Por Humberto Azevedo

 

(Brasília-DF, 21/05/2024) A Presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na 25ª “Marcha dos Prefeitos” causou uma forte disputa entre aplausos e vaias no final da manhã desta no evento organizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

 

A disputa entre aplausos e vaias aconteceu ao ter o nome chamado pelo cerimonial da CNM. “Olê, olê, olê, olá; Lula, Lula!”, gritavam os prefeitos simpáticos à sua gestão. O apoio enfrentava a resistência de alguns prefeitos, que aumentavam o coro dos apupos.

 

O clima de polarização marcou tanto o tom do cerimonial que foi preciso o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, pedir aos presentes que o encontro dos gestores municipais não era um lugar para se travar a disputa política. Ele elogiou o governo do presidente Lula por permitir a volta do diálogo com as instâncias de governo. Mas também apontou críticas, que segundo ele não são exclusivas a esta nova gestão, mas, sim, a problemas estruturais que precisam ser enfrentados.

 

Lula compareceu à “Marcha dos Prefeitos” cercado de seus principais ministros – desde o seu ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB) e da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), e da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

 

A 25ª “Marcha dos Prefeitos” acontece no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), localizado no Setor de Clubes Sul da capital federal. 

 

DESONERAÇÃO & PREVIDÊNCIA

 

Na sequência de Ziulkoski, o presidente da Câmara – Arthur Lira (PP-AL) foi o próximo a falar. “Estou acompanhando com atenção as tratativas sobre a desoneração entre o governo e os municípios. Esta é uma questão de extrema importância e que precisa ser resolvida”, comentou destacando também que a questão dos fundos próprios previdenciários pertencentes aos municípios precisam de uma solução urgente.

 

Conforme apontou o dirigente da CNM, a dívida dos municípios junto aos seus fundos próprios de previdência com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) chega ao valor exorbitante de R$ 1,1 trilhão. “Este ano é o ano da pior crise [fiscal] dos municípios”, emendou Ziulkoski.

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