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Reginaldo Lopes, relator da reforma tributária já aprovada e promulgada, tenta desde 2019 aprovar a constitucionalidade do projeto que segue tendência de países como Alemanha, Dinamarca, Holanda e Suécia, que possuem jornadas menores e boas condições de vida e produtividade. (Foto: Mário Agra / Agência Câmara)

PEC que diminui para 36 horas carga horário de trabalho aguarda apreciação na CCJ desde 2019

Iniciativa de autoria do deputado Reginaldo Lopes vai no mesmo sentido da proposta que a deputada Erika Hilton tenta coletar as assinaturas necessárias para acabar com a escala de um dia de descanso após seis trabalhados previstos na CLT desde 1943.

 

Por Humberto Azevedo

 

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 221 de 2019, de autoria do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), que diminui para 36 horas a carga de horário de trabalho semanal hoje previsto em 44 horas, aguarda apreciação quanto à constitucionalidade na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados desde quando foi apresentada.

 

A iniciativa do petista mineiro vai no mesmo sentido da proposição que a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) tenta coletar as assinaturas necessárias para apresentar junto a “Casa do Povo”, com o objetivo de acabar com a escala de um dia de descanso após seis trabalhados conforme o previsto na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) desde 1943, quando instituído pelo ditador-presidente Getúlio Vargas.

 

O assunto foi o tema mais discutido no último final de semana nas redes sociais fazendo com que a parlamentar do PSOL paulista ganhasse nos últimos dias mais de 30 mil seguidores, que se juntaram aos mais de 3,5 milhões de usuários das diversas plataformas cibernéticas que acompanham o trabalho da primeira deputada transsexual do Brasil.´Na última parcial anunciada por ela, mais de 120 deputados tinham assinado a PEC. São necessários, no mínimo, o apoio de 171 deputados, ou 27 senadores, para que uma PEC comece a tramitar no Congresso Nacional.

 

A última movimentação na tramitação da PEC apresentada por Reginaldo Lopes ocorreu em 6 de março deste ano, quando o relator da proposta – deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ) – deixou de integrar a CCJ. Até o momento, a presidenta do colegiado – deputada Carolina de Toni (PL-SC) – ainda definiu quem será o parlamentar da comissão a assumir a relatoria do projeto.

 

Antes, na penúltima movimentação da tramitação, um requerimento de retirada de pauta para deliberação naquele colegiado foi aprovado numa votação apertada. 30 deputados votaram a favor de não apreciar na data de 28 de novembro de 2023 e 25 votaram contra a retirada. É provável que a PEC que Erika Hilton está tentando apresentar seja apensada à proposta de autoria de Reginaldo Lopes. Mas isso caberá a Secretaria-Geral da Mesa (SGM) da Câmara, que deve fundamentar a decisão que pode ser do atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), ou do próximo presidente – ao qual está cotado o deputado e líder do Republicanos, Hugo Motta (PB).

 

Em 1998, durante o governo FHC, a carga horária semanal de trabalho foi reduzida de 48 horas para 44 horas semanais, o que gerou 460 mil novos empregos à época. Reginaldo Lopes diz acreditar que a redução de 44 para 36 representará uma adaptação ao avanço tecnológico e uma melhoria na produtividade crescente das empresas, assim como deve resultar na geração de entre quatro a oito milhões de novos empregos.

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