Operação da PF que desbaratou plano golpista ia de crimes contra à saúde pública, tentativa de golpe de Estado a “organização criminosa”
Ação foi avalizada pela PGR e autorizada pelo STF que determinou além de prisão dos suspeitos por planejarem golpe contra a democracia, inclui prisões preventivas e medidas cautelares.
Por Humberto Azevedo
A operação da Polícia Federal (PF), que desbaratou nesta terça-feira, 19 de novembro, o plano golpista que tinha como objetivo assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Sil (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre e Moraes, ia de crimes contra à saúde pública, tentativa de golpe de Estado a “organização criminosa”.
A ação foi avalizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizada pela Suprema Corte, em despacho do ministro Alexandre de Moraes, que determinou além da prisão dos suspeitos por planejarem a realização de um golpe contra a democracia, que inclui também prisões preventivas e medidas cautelares.
Na decisão, Alexandre de Moraes tornou públicos todos os documentos contra os cinco acusados de participação no planejamento de golpe de estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A operação foi denominada de “Copa 2022” por ser assim intitulada pelos próprios suspeitos de organizarem o plano, que pretendia fazer com que o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) permanecesse no cargo mesmo após a derrota nas urnas nas eleições de outubro daquele ano.
A PF Federal identificou que as ações ilícitas envolviam militares com formação em Forças Especiais do Exército, incluindo a participação de um general de brigada da reserva. As ações se concentraram nos meses de novembro e dezembro de 2022 com atividades que, segundo a investigação, envolviam o uso de técnicas militares e uma rede de comunicação baseada em anonimato, monitoramento clandestino e emprego ilícito de recursos públicos.
Diálogos obtidos pela PF revelaram a preparação meticulosa de ações por parte de uma organização clandestina, com base em Brasília. De acordo com as investigações, os indícios foram identificados inicialmente, a partir das análises dos dados armazenados no aparelho celular de Mauro César Barbosa Cid, especialmente nas mensagens compartilhadas com Marcelo Câmara.
As investigações apontam diversas evidências de que o plano golpista envolvia ameaças reais à democracia brasileira e à integridade das instituições. Na decisão, Moraes se manifestou ainda de que os acusados fiquem proibidos de se comunicarem entre si, ao mesmo tempo em todos estão suspensos de suas funções públicas. Os acusados que foram presos são: Hélio Ferreira Lima, Mário Fernandes, Rafael Martins de Oliveira, Wladimir Matos Soares e Rodrigo Bezerra Azevedo.
Veja abaixo a íntegra da decisão e dos documentos que desbarataram o plano golpista.
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