Mesmo com alta rejeição de seu terceiro governo, Lula seria reeleito em 2026, aponta Quaest
De acordo com a pesquisa Quaest, o petista venceria novamente Bolsonaro e todos os demais candidatos que pleiteiam sucedê-lo.
Por Humberto Azevedo
A pesquisa realizada pela Quaest em parceria com a Genial Investimentos e divulgada na manhã desta quarta-feira, 26 de fevereiro, apontou que mesmo com alta rejeição de seu terceiro governo a frente da máquina pública federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria reeleito em 2026. De acordo com a pesquisa Quaest, o petista venceria novamente o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e todos os demais candidatos que pleiteiam sucedê-lo a partir de 2027.
O pior desempenho de Lula contra adversários é registrado em São Paulo (SP), onde o atual governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) estaria na frente de Lula, no estado, se ele fosse candidato à presidência.
“Essa enorme rejeição do governo não se traduz, no entanto, em derrota eleitoral para Lula se o candidato adversário hoje fosse Bolsonaro, Gusttavo Lima, Marçal, Zema ou Caiado. Mesmo com o crescimento da desaprovação na BA e em PE, Lula ainda venceria Bolsonaro nesses dois estados pela mesma vantagem com que venceu em 2022: +33pp e +26pp. No RS e no PR a situação do presidente piorou em relação a 2022, mas melhorou bastante no RJ, o que compensa a adversidade nos outros estados. Em SP, o resultado é praticamente idêntico ao de 22; e em MG, a pesquisa aponta empate técnico com vantagem numérica para Bolsonaro, o que poderia ser visto como mudança de cenário, mas ainda é impossível de ser detectada fora da margem de erro”, escreveu Felipe Nunes – cientista político responsável pela pesquisa.
“Se usarmos os resultados de Bolsonaro de 22 como referência, com os % nas simulações de Tarcísio em um eventual 2T contra Lula, as coisas mudam de figura. Tarcísio tem hoje, mesmo com o alto desconhecimento, capacidade de ampliar a vantagem que Bolsonaro obteve sobre Lula em 2022. Em número de votos, Tarcisio aumentaria a diferença para Lula, nas simulações de 2T por conta da vantagem de 24 pp obtida pelo governador em SP. Vantagem que não é compensada na BA, já que Lula continua vencendo Tarcisio pela mesma diferença que venceu Bolsonaro em 22 (34 pp). E também não é tirada nos outros estados, mesmo Tarcisio tendo um desempenho igual em MG e abaixo do de Bolsonaro em GO, PE, RS, PR e RJ”, complementa o ceo da Quaest.
“Se a rejeição ao governo Lula até aqui não foi capaz de se transformar em dividendos eleitorais para a maioria dos candidatos da oposição, a significativa vantagem que Tarcisio poderia obter em SP, pode ser o arranque que ele precisaria para inverter o resultado de 22, assumindo que os resultados nos outros estados permaneçam no status atual. Ou seja, a manutenção da diferença de votos em SP e em MG é decisiva para o resultado da eleição de 2026”, completa Nunes.