Lula afirma que “nunca” esteve “tão otimista” desde 2003 para celebrar o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia

O presidente brasileiro fez a afirmação na tarde da última quarta-feira, 25 de setembro, após se encontrar com a presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen.

 

Por Humberto Azevedo

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta última quarta-feira, 25 de setembro, em coletiva à imprensa que o acompanhava durante o encontro das 20 maiores economias do planeta (G20) realizado em Nova York, nos Estados Unidos, que “nunca” esteve “tão otimista” desde 2003 – quando ocupou pela primeira vez à Presidência da República – para acontecer a celebração do acordo comercial entre os países que integram o Mercosul e a União Europeia.

 

De acordo com Lula, “o Brasil está pronto para assinar o acordo da União Europeia e Mercosul”. A declaração aconteceu após o presidente brasileiro se encontrar com a presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen. “Eu ainda disse para ela: vocês se preparem, porque nós poderemos assinar durante a reunião do G20 ou, quem sabe, em uma reunião com champanhe na sede da União Europeia“, acrescentou.

 

“Eu nunca estive tão otimista com o acordo União-Europeia Mercosul. Ontem [24 de setembro] eu disse para a Ursula von der Leyen que o Brasil está pronto para assinar o acordo. Agora a responsabilidade é toda da União Europeia, não do Brasil, porque durante 20 anos jogavam a culpa nos países do Mercosul“, complementou o presidente da República Federativa do Brasil.

 

O encontro do G20 ocorreu na sede das Nações Unidas, onde também foi realizada a 79ª Assembleia Geral da entidade que congrega 210 países de todo o mundo. Na oportunidade, Lula manifestou ainda preocupação com o crescimento de ideias extremistas em quase todos os países, assim como destacou os bons índices de crescimento econômico do Brasil, como o baixo desemprego, a aprovação do arcabouço fiscal, a redução da fome e as políticas de microcrédito.

 

As negociações para a assinatura do acordo esbarram nas exigências ambientais e compras governamentais. O presidente francês, Emmanuel Macron, por exemplo, é o dirigente com maior resistência à celebração do acordo com o Mercosul. As últimas negociações aconteceram em Brasília no início deste mês de setembro. De acordo com informações de bastidores de membros da diplomacia do governo brasileiro, houve avanços no tema ambiental e nas compras governamentais, o que poderia sinalizar que a celebração do acordo estaria próximo de se efetivar.

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