Jornalista revela que Abin monitorou assessor de campanha de Ciro Gomes
Da Redação
O jornalista e colunista do site Metrópoles, Rodrigo Rangel, divulgou na quinta-feira (01), que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), órgão do governo federal, monitorou um auxiliar da campanha de Ciro Gomes (PDT).
Segundo o jornalista, entre as centenas de alvos monitorados pela Abin no período em que a agência espionou adversários do governo” há um dirigente do PDT em São Paulo que ajudou a organizar em 2021 manifestações que pediam o impeachment de Jair Bolsonaro e, no ano seguinte, trabalhou na campanha presidencial de Ciro Gomes. José Vitor de Castro Imafuku é formado em tecnologia da informação, ocupa o cargo de secretário-adjunto do diretório municipal do partido na capital paulista e assessora uma central sindical, a CSB, Central dos Sindicatos Brasileiros”, diz trecho do conteúdo jornalístico.
O profissional ainda informou que “o telefone celular de Imafuku foi monitorado por meio do software espião FirstMile, usado pela chamada “Abin paralela” para mapear os passos de pessoas consideradas inimigas do governo à época”.
Conforme Rangel, o interesse da Abin em Vitor Imafuku pode ser explicado pelo fato de ele ter ajudado, como dirigente do PDT e representante da CSB, a organizar três manifestações contra Jair Bolsonaro em 2021. Ele ainda detalha que, em 2022 ele esteve envolvido diretamente com o comitê da campanha presidencial de Ciro Gomes em São Paulo e chegou a acompanhar o então candidato do PDT em vários compromissos na capital paulista.
Como assessor da CSB, Vitor Imafuku trabalha com Antonio Neto, presidente da central sindical, que também dirige o PDT em São Paulo.
Também citou que uma das manifestações pelo impeachment de Bolsonaro, puxada pelo MBL, o Movimento Brasil Livre , quando Imafuku foi designado pelo comando local pedetista para negociar a participação de Ciro.
O mesmo esteve em duas reuniões com o MBL para tratar do protesto, realizado na avenida Paulista em 12 de setembro de 2021. “Ciro Gomes participou, de fato, da manifestação. “Antes de passar a trabalhar na central sindical, Imafuku foi funcionário da área de tecnologia da TV Globo”, completou outro trecho do portal.
Para coluna do Metrópoles, Ciro Gomes não se mostrou surpreso com a notícia de que foi alvo da Abin. “Estou sabendo disso agora, e recebo essa notícia com indignação, mas não com surpresa, justamente por causa da minha atividade profissional e do enfrentamento que fizemos ao Bolsonaro. A gente já imaginava que poderia ter sido vítima de perseguição”, afirmou o pedetista.