Itamaraty condena ataque de Israel a Rafah
Chancelaria do governo brasileiro reforça pedido para que conselho de segurança das Nações Unidas supere o “imobilismo” que tanto “compromete esforços de mediação e diálogo”.
Por Humberto Azevedo, com informações de assessoria.
O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) do governo brasileiro condenou na noite desta última segunda-feira (6) o ataque que Israel proferiu na região de Rafah – último refúgio e reduto de palestinos da Faixa de Gaza que ainda não tinha sido atacada pelo estado israelense em consequências do ato terrorista promovido pelo grupo Hezbollah no dia 7 de outubro de 2023 matando mais de mil cidadãos judeus e fazendo milhares de reféns.
O ataque à Rafah acontece em meio a tentativa do governo dos Estados Unidos (EUA), principal aliado de Israel, em parar as hostilidades na região do oriente médio envolvendo israelenses e palestinos. Na nota emitida pela chancelaria do governo brasileiro, o governo Lula III reforçou o pedido para que conselho de segurança das Nações Unidas (ONU) supere o “imobilismo” que tanto “compromete esforços de mediação e diálogo” e que tem levado o mundo a assistir um “aprofundamento da catástrofe humanitária na Faixa de Gaza”.
“Ao optar, com essa ação militar, por deliberadamente intensificar o conflito em área sabidamente de alta concentração da população civil de Gaza neste momento, o governo israelense, mostra, novamente, descaso pela observância aos princípios básicos dos direitos humanos e do direito humanitário, a despeito dos apelos da comunidade internacional, inclusive de seus aliados mais próximos. Tal operação pode, ademais, comprometer esforços de mediação e diálogo em curso”, iniciou a nota emitida pelo governo do Brasil.
“Ao exortar todas as partes à interrupção imediata da violência e ao engajamento em conversações que propiciem cessar-fogo e libertação dos reféns, o Brasil reafirma seu compromisso com a solução de dois Estados, com base nas fronteiras de 1967, única via capaz de oferecer paz duradoura para os povos de Israel e da Palestina, assim como para a região do Oriente Médio”, finaliza o texto escrito pela diplomacia brasileira.