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Extrema direita vence 1º turno das eleições na França, apontam pesquisas boca de urna

Da Redação

 

A extrema direita saiu como a grande vencedora do primeiro turno das eleições legislativas na França, em um movimento considerado histórico.

Segundo as primeiras estimativas divulgadas neste domingo (30), o Rassemblement National (RN) obteve 34,2% dos votos, enquanto a coalizão de esquerda, Nouveau Front Populaire (NFP), alcançou 29,1%.

A maioria presidencial de Emmanuel Macron apareceu com 21,5% dos votos.

As primeiras projeções foram divulgadas logo após o fechamento das urnas nas grandes cidades.

A dissolução da Assembleia Nacional pelo presidente Emmanuel Macron, após a derrota nas eleições europeias no início do mês, surpreendeu até mesmo seu gabinete ao convocar novas eleições.

No Conselho Econômico, Social e Ambiental da França, a percepção foi de que o ato jogou o país “em uma crise política e democrática sem precedentes”.

Pesquisadores consideraram o gesto como um “golpe de estado psíquico”, deixando milhões sem entender.

Ao mesmo tempo, uma nova tendência emergiu, segundo relato do jornalusra Jamil Chade: a “ansiedade fascista”, o medo do que pode ocorrer se políticos herdeiros de movimentos xenófobos, antidemocráticos e anti-europeus chegarem ao poder. A eleição ocorre em dois turnos.

Mais de 200 políticos de centro, centro-esquerda, esquerda e ecologistas fizeram um apelo para que, neste momento de definição, haja um compromisso entre as forças políticas para unir esforços onde houver a chance de um candidato da extrema direita vencer.
Emmanuel Macron e Marie Le Pen. Foto: Divulgação

Se o RN conseguir reunir um número suficiente de eleitos para se estabelecer como maioria no Parlamento, poderá escolher um primeiro-ministro.

Esta seria a primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial que a França teria um governo conduzido pela extrema direita.

O resultado é ainda uma derrota pessoal para Macron, que apostava na união dos partidos republicanos para criar um “cordão sanitário” contra os extremistas.

No mês passado, em um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva às margens do G7, Macron expressou sua crença de que os franceses votariam de forma diferente quando o tema fosse seu próprio parlamento, evitando apoiar o RN. Sua avaliação, no entanto, não se concretizou.

Do lado do RN, a avaliação é recebida com ironia, indicando que Macron errou em todas suas projeções. Agora, resta aguardar o segundo turno e observar como a dinâmica política na França se desenrolará nas próximas semanas.

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