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O presidente Lula durante o evento que oficializou o envio do PL que amplia a faixa de isenção do IR ao Congresso. (Foto: Ricardo Stuckert / Secom-PR)

Envio ao Congresso de proposta que isenta do IRPF de quem ganha até R$ 5 mil é promover justiça tributária, diz Lula

Durante o anúncio do projeto, o presidente brasileiro lembrou que a medida beneficiará dez milhões de brasileiros. Ele falou também que a proposta é neutra fiscalmente.

 

Por Humberto Azevedo

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, 18 de março, que a proposta de isentar do Imposto de Renda de Pessoas Físicas (IRPF) quem ganha até R$ 5 mil ajudará o país a promover uma maior justiça tributária, que segundo ele, é muito simples na hora de falar mas, muitas vezes, difícil de alcançar.

 

Com isso em mente, Lula explicou, que o governo federal trabalhou para produzir um texto pautado na redução de desigualdades conjugado com neutralidade fiscal. Em 2023, a faixa subiu para R$ 2.640,00 e a política continuou em 2024, quando a isenção pulou para R$ 2.824,00. 

 

Atualmente, estão isentos do IRPF aqueles que têm renda mensal de até R$ 2.824,00. A proposta apresentada praticamente dobra essa faixa mínima. Além disso, o texto prevê desconto parcial para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. Segundo a Receita Federal, 90% dos brasileiros que pagam Imposto de Renda (90 milhões de cidadãos) estarão na faixa da isenção total ou parcial e 65% dos declarantes do IRPF (mais de 26 milhões) serão totalmente isentos.

 

“O que estamos fazendo é apenas uma reparação. Estamos falando que 141 mil pessoas que ganham acima de 600 mil, acima de um milhão de reais por ano, vão contribuir para que 10 milhões de pessoas não paguem Imposto de Renda. É simples assim”, disse Lula ao resumir a importância da iniciativa.

 

NEUTRALIDADE FISCAL

 

O texto foi entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), em evento no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). 

 

“É importante a gente colocar a palavra neutralidade. Esse projeto não aumenta um centavo na renda do governo. O que vai aumentar são algumas centenas de reais no bolso do povo pobre, para que ele volte a ser mais cidadão do que é hoje”, complementou o presidente.

 

JUSTIÇA SOCIAL

 

Em nota, o presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que devido a agenda não conseguiu comparecer ao anúncio, afirmou que a proposta reforça o “compromisso com o equilíbrio e o desenvolvimento econômico do país”.

 

“Cumprimento o presidente Lula pelo envio ao Congresso Nacional do projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até 5 mil reais a partir de 2026. Uma medida que faz parte da Reforma Tributária e reforça o compromisso com o equilíbrio e o desenvolvimento econômico do país. No Senado, daremos a devida atenção a essa matéria, analisando-a com zelo e responsabilidade, sempre em busca de mais justiça social e de um Brasil mais próspero para todos. Seguimos firmes nessa missão.”

 

Presente no evento, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta, o projeto corrige uma distorção histórica. (Foto: Infográfico / Secom-PR)

 

Já o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), presente no anúncio, classificou o projeto como oportunidade para corrigir uma distorção histórica do país.

 

“O senhor traz uma medida muito justa para quem mais precisa. É uma correção de injustiça tributária. Muitas vezes quem tem menos é quem paga mais, e o Congresso precisa discutir isso. Quero dizer que a Câmara dos Deputados, e tenho certeza que o Senado também, terão a sensibilidade necessária para tratar um tema tão caro, principalmente para quem mais precisa”, frisou.

 

PROMESSA DE CAMPANHA

 

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann afirmou que o projeto de lei é uma promessa de campanha do presidente Lula com potencial de resultar em mais dinheiro em circulação e no fortalecimento do crescimento do país.

 

“Essa renda em circulação significa crescimento da economia, significa a roda da economia girar”, resumiu Hoffmann.

 

20 MILHÕES 

 

O ministro da Fazenda ressaltou que o texto afeta a vida de pouco mais de 100 mil brasileiros, mas favorece 20 milhões de pessoas. 

 

Haddad afirma que a iniciativa melhora a qualidade da distribuição de renda no país, sem afetar as contas públicas. (Foto: Infográfico / Secom-PR)

 

“Estamos falando de 20 milhões que apresentam o Imposto de Renda, metade dos quais já estão isentos pelas medidas tomadas desde a posse do presidente Lula. E essa parcela vai chegar ao patamar de 20 milhões agora. A nós parece justa a proposta, condizente com os objetivos de buscar melhorar a qualidade da distribuição de renda, sem afetar as contas públicas, e coloca um enfrentamento decisivo para nós brasileiros: queremos estar também entre as nações mais justas”, observou o ministro.

 

“Nós focamos em quem não paga imposto, ou quem paga muito pouco, que está entre os 0,2% mais ricos da sociedade. Não estamos falando de 10% da população. Estamos falando de um quinto de 1% da população afetado por esse projeto, num patamar absolutamente condizente com aquilo que paga um trabalhador comum, um professor universitário, uma enfermeira, como milhões que acordam cedo ou dormem tarde e têm deduzido do Imposto de Renda a contribuição para o fundo público, para financiar saúde, educação”, ressaltou Haddad.

 

Haddad, que detalhou a proposta no evento, enfatizou que a principal busca conceitual foi por justiça social e tributária.

 

“Esse não é um projeto de governo. É um projeto de sociedade. Queremos melhorar enquanto sociedade. Esse projeto vai ao encontro desse anseio”, completou Haddad.

 

Resumo do que prevê o projeto de lei enviado nesta terça pelo Governo Federal ao Congresso. (Foto: Infográfico / Secom-PR)

 

Com informações de assessoria.

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