ENTREVISTA DA SEMANA | JOSÉ MEDEIROS (PL-MT)
“Quando se trata de comércio, não pode ficar com raiva, tem que ficar com tudo”
Para o deputado federal mato-grossense, tido como um dos maiores bolsonaristas em atuação no Congresso Nacional, a decisão do Brasil aderir, ou não, a Rota da Seda do governo chinês deve ser feita ouvindo bastante a diplomacia brasileira.
Por Humberto Azevedo
A primeira entrevista da semana nos canais do grupo RDM é com o deputado federal José Medeiros (PL-MT). Gravada na última semana de novembro, nos corredores das comissões da Câmara dos Deputados, o parlamentar mato-grossense, tido como um dos maiores símbolos do bolsonarismos em atuação no Congresso Nacional, destacou que a decisão do Brasil aderir, ou não, a Rota e Cinturão da Seda do governo chinês deve ser feita ouvindo bastante o corpo diplomático pertencente ao Ministério das Relações Exteriores (MRE).
“A resposta do governo brasileiro, a meu ver, ela precisa, precisava, porque não pode ser incisiva, ser à altura da ofensa”
Na conversa de quase 20 minutos com a reportagem do Grupo RDM, Medeiros abordou exaustivamente o tema, que naquele momento, tomava conta do noticiário político e econômico do país: as declarações dos gestores de conglomerados franceses contra produtos agropecuários brasileiros como às carnes, que levou a bancada ruralista se mobilizar no Congresso Nacional para aprovar uma proposta – denominada de reciprocidade comercial, que pode retirar o país de acordos comerciais diversos.
“Os políticos franceses fazem esse tipo de política suja de colocar o público francês contra o nosso produto”
Na conversa, Medeiros teceu ainda comentários de como o Brasil deve lidar tanto com a China, seu maior parceiro comercial, e com os Estados Unidos do presidente Donald Trump – que volta à Casa Branca a partir de 20 de janeiro, num mundo que deverá ser mais conflituoso, que agora.
“O Brasil precisa ter uma voz altiva, até porque o mercado francês, com todo respeito, significa muito pouco para a gente”
“Eu penso, nós precisamos participar de tudo sem fechar portas. Então, como o Itamaraty vai tratar essa questão, eu diria que é um desafio para eles, que são pessoas extremamente competentes. Espero que essa decisão, espero que o governo possa ouvir bastante o Itamaraty, porque às vezes, se o viés ideológico tiver influência, a gente pode perder muito economicamente. Espero que seja feita realmente como dizia [o ex-presidente dos EUA] Ronald Reagan, não na base da amizade, e, sim, dos interesses comerciais”, comentou o liberal mato-grossense.
“Eu vejo que o governo é muito tigrão em relação a alguns assuntos e a outros é bastante tchutchuca”
Abaixo, segue a íntegra da entrevista. Boa leitura!
“Eu gostaria muito que o governo não visse isso pelo viés ideológico. Ronald Reagan dizia que não existe amizade entre países, existem interesses econômicos”
Grupo RDM: Deputado José Medeiros, como que o sr. avalia a resposta do governo brasileiro, essa crise toda que foi criada em torno da carne brasileira, do Carrefour e também das empresas que prejudicaram a imagem do produto brasileiro?
José Medeiros: Na verdade nós temos um problema sério com a França no seguinte aspecto, a França resolveu embarcar, não é de hoje, numa política que corroeu as estruturas econômicas do país, ficou um país muito frágil economicamente falando em termos de mercado internacional e eles têm uma política protecionista que é legítima a qualquer país, mas uma política muito suja no que se refere, por exemplo, a como fazer essa proteção ao seu comércio. Por exemplo, os deputados, óbvio, ligados ao governo Macron, falaram absurdos, falaram que aqui, que a nossa comida, que os nossos produtos, eles não iriam permitir chegar aos pratos dos franceses, que não iriam colocar lixo nos pratos dos franceses. Isso é extremamente ofensivo e nós não concordamos e vamos fazer esse contraponto. Agora, a resposta do governo brasileiro, a meu ver, ela precisa, precisava, porque não pode ser incisiva, ser à altura da ofensa, porque essa injúria, vamos dizer, essa difamação, ela extrapola as divisas da França. Ela vai para o mundo inteiro, ela vai para a aldeia global, para o comércio global. Isso é muito ruim. Eles querem vedar a entrada dos nossos produtos, porque o Brasil é um país grande, o Brasil sem desmatar um pé de árvore, o Brasil consegue duplicar tanto a sua área de pastagem quanto a sua área de plantação, por exemplo. Então, não é só com a carne. Eles fazem esse tipo de política suja de colocar o público francês contra o nosso produto. Esse público, em contrapartida, pressiona as redes supermercadistas, na pressão, para não perder o seu consumidor, evidentemente, dão declarações como a que o presidente da Danone fez e o presidente do Carrefour. Agora, isso não precisava ser assim, aliás, não deveria ser assim, porque eu já coloquei aqui num debate o seguinte, olha, vamos fazer o seguinte, então, vamos fazer através da reciprocidade, reciprocidade diplomática. Então, ou a gente faz tipo o Donald Trump que falou que iria fazer, disse que o Macron ligou para ele, à época, e, o Macron começou a fazer esse mesmo tipo de conversa com os Estados Unidos na época. O Trump falou que ligou para o Macron e disse, ‘Macron, não vamos por aí, porque senão eu vou colocar 300% de barreira tributária nos seus produtos’, vinhos, por exemplo, queijos, ‘o que você acha disso?’ ‘Ah, mas eu não posso’ [teria respondido o presidente francês]. ‘Tudo bem, Macron’. E bateu o telefone. Disse que dois minutos depois, ele, presidente da Danone, ligou, ‘poderíamos deixar o dito pelo não dito’. O Brasil precisa ter uma voz altiva, até porque o mercado francês, com todo respeito, significa muito pouco para a gente, nós temos um mercado com outros países que é bem maior do que aquilo. Então, para nós o prejuízo não é tanto, agora, eles têm redes aqui, o brasileiro consome muitos produtos franceses, então eu penso que é a hora do Brasil ser altivo. Eu vejo que o governo é muito tigrão em relação a alguns assuntos e a outros é bastante tchutchuca. Eu gostaria muito que o governo não visse isso pelo viés ideológico. Ronald Reagan dizia que não existe amizade entre países, existem interesses econômicos. Então, o governo tem uma história, principalmente os governos do PT, tem uma tendência a tratar com muita benevolência, a tratar como se fosse um local, um brasileiro, países que na verdade estão se dando bem e na hora de dar reciprocidade não são tão amigos assim. Então, a minha avaliação é que o governo falhou nesse aspecto.
“Os governos do PT, tem uma tendência a tratar com muita benevolência, a tratar como se fosse um local, um brasileiro, países que na verdade estão se dando bem e na hora de dar reciprocidade não são tão amigos assim”
Grupo RDM: Uma das saídas dessa crise, veio pelo Legislativo, a Câmara, o Senado, que começaram a se mobilizar para votar projetos de leis que tratam da reciprocidade comercial, mas que podem retirar o Brasil de acordos internacionais em que produtos brasileiros são prejudicados. Mas isso poderia envolver perdas para alguns outros setores da economia brasileira. No Senado tem um projeto nesse sentido, que é de autoria do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) e a relatora é a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP-MS). É um projeto muito parecido com o que tramita na Câmara. Esse projeto resolve, mas isso não pode causar problemas com outros setores como a indústria?
José Medeiros: Eu acho que o momento é válido a discussão porque mostra o seguinte, que aqui não é uma República de bananas, que aqui tem [quem defenda os interesses e os negócios do Brasil], assim como o Legislativo deles lá estão lá chamando a nossa comida de lixo, que não sei o que mais, a gente está mostrando o seguinte, tudo bem, então, a gente não vai negociar com vocês, já que é assim, vocês só querem uma mão, a outra não. Eles só querem vender, comprar não. Então, isso, eu penso que vale como discussão e óbvio que essa sua pergunta, ela é muito boa porque ela ressalta para esse efeito colateral que obviamente na discussão do projeto vai ser colocada, mas como um instrumento de dizer, opa, nós estamos discutindo isso aqui também. Eu, por exemplo, já fiz alguns projetos em relação a isso. Eu tenho um projeto, inclusive, que era a respeito da reciprocidade ambiental, nem sei se existe esse termo, mas eu criei. Eu disse o seguinte, a França vive nos pressionando em questão ambiental, então a gente faria o seguinte, olha, nós só vamos negociar com vocês se vocês tiverem as mesmas garantias de proteção ao meio ambiente que nós temos. Se vocês tiverem, beleza, se vocês tiverem uma lei dizendo que tem proteção de encostas, de matas ciliares, de reserva legal, de proteção de áreas, as APPs [área de proteção permanente], área de proteção ambiental, se vocês tiverem os mesmos parques que a gente tem, aí tudo bem, a gente compra de vocês, se não, não. Então, em relação à França, eu já tenho um projeto desse. Eu penso que nesta discussão, nós temos que ser amigo daqueles que são nossos amigos. Não adianta tentar ser verdadeiro com quem está de sacanagem.
“A França vive nos pressionando em questão ambiental, então a gente faria o seguinte, olha, nós só vamos negociar com vocês se vocês tiverem as mesmas garantias de proteção ao meio ambiente que nós temos”
Grupo RDM: Essa discussão pode ser também reflexo do que está ocorrendo lá, a votação da adesão da França ao acordo da União Europeia com o Mercosul, não é?
José Medeiros: É totalmente isso, é totalmente isso. Não tem nada a ver com discussão do meio ambiente, não tem nada a ver. Na verdade, eles não querem negócios com a América Latina para a gente vender lá. Eles querem vender bastante aqui. Então, eu, por exemplo, de lá para cá, no dia que o presidente da Danone fez aquele comentário, lá em casa, eu decidi, não se compra mais Danone. E também a gente não entra em nenhuma loja do grupo Carrefour, e nem do Atacadão. Eu até gravei um vídeo, falei que nós brasileiros temos que nos prezar, nós não devemos comprar nenhum produto francês, enquanto a França não mudar de opinião.
“Se vocês franceses tiverem os mesmos parques que a gente tem, aí tudo bem, a gente compra de vocês, se não, não. Então, em relação à França, eu já tenho um projeto desse”
Grupo RDM: O sr. acredita que isso possa ser revertido, caso seja aprovada essa questão da reciprocidade comercial ou até mesmo com o acordo da União Europeia com o Mercosul entrando em vigor? Isso pode mudar o jogo? Como que o senhor avalia isso?
José Medeiros: Eu penso o seguinte, as lojas, se você for na loja do Carrefour hoje, você só vai ver queijo e algumas coisas nas prateleiras de carne, já está faltando lá. Se a França não mudar a forma de se comunicar para o público interno e de tratar o Brasil, eles vão ter, realmente, bastante problemas. Vão perder mercado. Vão perder mercado, porque essa não é uma questão de governo, que afeta somente nós bolsonaristas, não. Isso é uma questão que une a todos. Se tem uma coisa nesse momento que une governo e oposição, une presos políticos e a turma do Alexandre de Moraes, é essa pauta. Com certeza, todo mundo está puto da vida com esse tipo de ação. Não é nem, e eu volto a dizer, não é nem em relação à questão protecionista, é em relação à forma como foi colocado. A forma de dizer que aqui a comida que a gente manda para lá é um lixo. Brincadeira, não é? Brincadeira!
“Eu penso que nesta discussão, nós temos que ser amigo daqueles que são nossos amigos. Não adianta tentar ser verdadeiro com quem está de sacanagem”
Grupo RDM: Isso pode fazer com que a França e a Europa joguem ainda mais o Brasil, as exportações brasileiras com destino à Ásia, à China?
José Medeiros: Com certeza, com certeza. Agora, eu não sei se eles vão poder fazer muito isso, porque eu não sei se eles vão ter o que comer, porque eles sempre usaram esse discurso, e recrudesceram esse discurso, porque eles confiavam muito na produção da Ucrânia, que está com um baita de um problema. Então, eu não sei como é que eles vão fazer para serem abastecidos. Então, vão ter que… É assim, ou compra do Brasil, ou compra da América do Sul, ou compra dos Estados Unidos. E eles gostam de demonizar os dois, não?
Grupo RDM: Agora, sobre a vitória do Trump, um dos sinais que o Trump, o retorno dele na Casa Branca, é que ele vai adotar também práticas protecionistas lá. E já informou que o aço brasileiro, que tinha conseguido baixar alíquotas há um ano atrás…
José Medeiro: Foi até um acordo… Entre ele e o Bolsonaro, ainda.
Grupo: Isso. Mas agora parece que esse acordo vai ruir de novo, não?
José Medeiros: Provavelmente.
Grupo RDM: E aí, isso pode ter consequências fora do aço? Como que o senhor vê isso?
José Medeiros: Olha, na verdade, a gente tem que entender também isso como um processo bem global. O que a gente sente é que há um rearranjamento não só político como econômico. Você, veja, que durante um bom tempo… Vamos lá. As nações que fizeram parte [dos países do eixo, que resultou na segunda] guerra mundial, algumas delas saíram destruídas. A Alemanha, repartida em duas, o Japão, a Itália, tudo arrebentado. E economicamente essas nações estavam no zero. Estados Unidos e Rússia [antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, extinta em 1992] tomaram a iniciativa de recuperar essas nações. O lado do capitalismo deu certo. A Alemanha ocidental teve um boom de crescimento, o Japão um boom de crescimento, o do lado socialista nem tanto e depois chega a Coreia. Mas acontece que o fato é que, já na década de 70, por exemplo, o Japão estava dentro da terceira maior economia do mundo. E aí você pega. O capitalismo floresceu de uma forma que a China olhou e falou, quero participar disso. E passou a participar. A China é hoje uma nação capitalista. Usa o socialismo só como retórica, não é? De política e tal. Mas é um país capitalista. A Coreia do Sul falou, eu quero isso também. E ali viraram os tigres asiáticos, todos e tal. E os Estados Unidos virou o grande, eu diria, o grande timoneiro. Acontece que a economia cresce também e se arrebenta por dois fatores, não é? Ou com muita gente ou com muita gente, não é? Dependendo de como se conduz. A China tem uma enormidade de pessoas. E ela tinha que dar comida para essa sua população. Eles começaram a fazer negócio e isso, imagina, um mercado consumidor desse é uma coisa gigantesca. O fato é que a China floresceu. A China virou uma grande economia e hoje é, economicamente falando, o principal player, em segundo, estão os Estados Unidos. Mas o que acontece? Aí a gente sente que nessa coisa toda, eu gosto de um exemplo que o [ex-ministro da Economia do governo Bolsonaro] Paulo Guedes dava, que é o seguinte. Ele falou, ‘antes você tinha uma piscininha e as crianças estavam brincando. Aí, de repente, está brincando lá Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, Brasil, e outros países.
Estão lá na piscininha, as crianças. E aí a China, uma criança maior, falou, quero também. E aí é um elefante. Quando ela coloca as duas patas praticamente transborda a água da piscina para tudo que é lado. Mas ela não vai sair, ela quer participar’. E aí ela se acomoda, todo mundo se aperta, e todas essas, vamos dizer assim, esse rearranjamento das placas tectônicas que se dá e todo esse stress da França e outros países, por exemplo, que vão ter, é justamente pelo fato da entrada do elefante na economia global. E tem mais um que tá chegando. Outro elefante viu e falou, eu quero também. E a Índia já tá dentro também da piscina. E aí as crianças menores estão se sentindo pisoteadas. Dá para enfrentar o elefante? Não! Não dá para enfrentar o elefante. Então, vamos procurar alguém aqui que a gente acha que dá para empurrar para fora e vamos tentar fazer isso. É mais ou menos parecido o que a França está querendo fazer com o Brasil. Estados Unidos, o que que acontece? É um outro elefante, mas já estava na piscina e não quer ver seu espaço tomado pelo novo visitante assim, não é? Mas o que é que ocorre? É que, nós já temos, hoje, a América Latina totalmente, principalmente, o governo [do atual presidente dos EUA, Joe] Biden deixou acontecer isso. Hoje a China domina toda a América Latina. Então, quando você levanta esse alerta sobre a questão do aço, vêm outras por aí com certeza. Porque aí a briga não é nem conosco, a briga é com o grandão. E como se diz em briga de elefantes quem sofre é a grama, essa é uma briga que realmente nos traz problemas. Ah, com a França, eu diria que a gente dá conta. Agora, a briga entre esses dois é realmente, eu diria que cabe a gente tentar ver como é que a gente vai desviar das patas, não é?
“Olha, eu penso o seguinte, quando se trata de política de geopolítica, quando se trata de política internacional, quando se trata de comércio, eu digo assim, a gente não pode ficar com raiva, tem que ficar com tudo”
Grupo RDM: Ok. Como que o senhor vê essa questão da parceria sino-brasileira? A visita do Xi Jinping ao G20, a reunião bilateral em que foram assinados 37 acordos, sendo seis diretamente ligados ao agronegócio, mais uns três ou quatro acordos indiretamente ao agronegócio também. Como que o senhor viu essa reunião bilateral aqui no Brasil?
José Medeiros: É mais ou menos, é conquista de territórios, conquistas de mercados. Eu vejo isso aí como se fosse a China chegando aí, fincando a bandeirinha e sinalizando para o ‘Tio Sam’, que o território é nosso.
Grupo RDM: E o Brasil também, não é? Porque esses acordos ampliam a parceria comercial com a China, que já é a maior de todas, não é?
José Medeiros: Já é a China. Agora, para nós, nós não temos essa importância geopolítica porque nós não estamos nessa disputa de espaço. Mas para a China, sim, para a China é um baita de um acordo e para ela sinalizar poder.
Grupo RDM: Agora, dentro desses acordos bilaterais, muitos se esperavam, e que a China está esperando que o Brasil entre e faça parte da Roda e Cinturão da Seda, que o Brasil faça a sua adesão. O governo brasileiro parece que tá receoso de entrar, até para não querer criar atritos com os Estados Unidos. Como o senhor vê isso? O Brasil deve aderir, ou não deve?
José Medeiros: Olha, eu penso o seguinte, quando se trata de política de geopolítica, quando se trata de política internacional, quando se trata de comércio, eu digo assim, a gente não pode ficar com raiva, tem que ficar com tudo. Então, a gente não pode ter raivinha dos Estados Unidos e falar, não negocio com você, sendo um mercado interessantíssimo para a gente. Então, eu penso, nós precisamos participar de tudo sem fechar portas. Então, como o Itamaraty vai tratar essa questão, eu diria que é um desafio para eles, que são pessoas extremamente competentes. Espero que essa decisão, espero que o governo possa ouvir bastante o Itamaraty, porque às vezes, se o viés ideológico tiver influência, a gente pode perder muito economicamente. Espero que seja feita realmente como dizia Ronald Reagan, não na base da amizade, e, sim, dos interesses comerciais.