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Giovanni Queiroz, secretário de Agricultura do Pará, concede entrevista ao portal RDMNews durante o 28º fórum dos governadores da Amazônia Legal. (Foto: Humberto azevedo / RDMNews)

Conciliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental “é muito fácil e é muito simples”, ensina Giovanni Queiroz; segundo ele, agrofloresta é a solução

Ex-deputado federal entre 1991 a 2003 e 2007 a 2019, atual secretário de Agricultura do Pará e presidente da câmara setorial do setor agrário do Consórcio interestadual dos estados que compõem a Amazônia Legal, afirmou ainda que a realização dos fóruns dos governadores da região “tem se avançado muito a troca de informações e de experiências exitosas de um estado passando para o outro”.

 

Por Humberto Azevedo, enviado especial a Porto Velho.

 

A conciliação do desenvolvimento econômico e da preservação ambiental na maior floresta tropical do mundo, a Amazônia, “é muito fácil e é muito simples”, de acordo com os ensinamentos pregados pelo ex-deputado federal e atual secretário de Agricultura do estado do Pará, Giovanni Queiroz (PDT).

 

Atual presidente da câmara setorial do setor agrário do Consórcio interestadual formado pelos estados que compõem a Amazônia Legal, o ex-parlamentar que exerceu mandatos entre 1991 a 2003 e 2007 a 2019, a declaração de Giovanni Queiroz exclusiva ao portal RDMNews aconteceu quando do primeiro dia das atividades do 28º fórum dos governadores amazônicos realizada na capital rondoniense entre os dias 8 e 9 de agosto.

 

“É muito fácil, é muito simples, é interessante. O [modelo] agroflorestal que nós propusemos nos vários programas que nós temos no Pará é exatamente isso. Áreas antropizadas e alteradas, vamos colocar cacau. O modelo agroflorestal, que é entendido pelo Ibama [Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e de Recursos Renováveis], inclusive, e reconhecido mundialmente como um reflorestamento produtivo. Por ser nativo da região, não é verdade? Com o açaí, que também é nativo da região”, comentou.

 

“E tudo isso favorece o ganho econômico para a família que produz, assim como para o estado. É um ganho econômico formidável! Então, estamos todos aqui nós imbuídos de buscar alternativas econômicas para os nossos estados, para o setor do agro, porque uma coisa é pensar em meio ambiente e outra coisa é fazer acontecer. E quem faz acontecer é o agro. Somos nós que temos a responsabilidade de recompor as nossas florestas e produzir de forma sustentável os nossos alimentos e é o que estamos a fazer, todos os dias”, complementou.

 

TROCA DE INFORMAÇÕES

 

Queiroz afirmou, ainda, que os encontros entre os gestores da Amazônia Legal formada por autoridades dos estados do Acre (AC), Amapá (AP), Amazonas (AM), Mato Grosso (MT), maranhão (MA), Pará (PA), Rondônia (RO), Roraima (RR) e Tocantins (TO) “tem se avançado muito a troca de informações e de experiências exitosas de um estado passando para o outro”.

 

“E, inclusive, passando informações e experiências para superarmos algumas dificuldades existentes em cada estado. Então, essa participação efetiva dos secretários de Agricultura, em particular, em que eu presido esse nosso colegiado, nós temos avançado bastante. Agora mesmo do meu lado, o [colega secretário] do Maranhão perguntava onde a gente pode conseguir mudas de cítricos, mudas de açaí, sementes de cacau e é conosco, mesmo. Então, ele vai lá, nós vamos participar e vamos dar a ele. Por quê? Porque nas discussões a gente discute, inclusive, como resgatar a economia da agricultura familiar e do pequeno produtor, que vive com um salário mínimo e olhe, lá! Com renda familiar abaixo da linha da pobreza. E nós podemos resgatá-lo, com dois ou três hectares com a cultura adequada, perfeito, que está sendo implementada”, aponta.

 

“Temos dinheiro sobrando no país para o agricultor. Entretanto, falta assistência técnica. Então, nós temos que fortalecer as nossas estruturas e discutimos tudo aqui. E todos, então, estamos buscando alternativas para que nós possamos trazer recursos para os investimentos necessários para tirar e  resgatar das áreas degradadas antropizadas com manejo de pastagens e recuperação de pastagens degradadas, mas, principalmente, resgatar a área antropizada, alterada, para o pequeno produtor. E com isso podemos também trazer juntos a família para uma qualidade de vida digna”, finalizou.

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