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Lula quer o aumento da institucionalidade do BRICS para garantir mais eficiência nas decisões e ações com maior impacto global possível. (Foto: Ricardo Stuckert / Secom-PR)

“BRICS seguirá sendo um motor de mudanças positivas para nossas nações e para o mundo”, diz Lula

Presidente participou da sessão especial da primeira reunião dos “sherpas” que estão organizando a presidência brasileira do BRICS, nesta quarta-feira, 26 de fevereiro, em Brasília.

 

Por Humberto Azevedo

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na manhã desta quarta-feira, 26 de fevereiro, da sessão especial da primeira reunião dos “sherpas” que estão organizando a presidência brasileira do encontro de cúpula dos países que integram o bloco econômico do BRICS, em Brasília. Os “sherpas”, assim chamados em referência aos guias que levam os alpinistas a 200 metros de altitude do Monte Everest, no Nepal, são enviados dos chefes de estado e  de governo dos países do bloco, com a responsabilidade de conduzir as discussões rumo à cúpula de líderes, que acontecerá entre os dias 6 e 7 de julho, na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ).

 

O BRICS é um agrupamento que serve como foro de articulação político-diplomática de países do “Sul Global” e de cooperação nas mais diversas áreas. Os objetivos incluem fortalecer a cooperação econômica, política e social entre seus membros, bem como promover um aumento da influência dos países do Sul Global na governança internacional. O grupo busca melhorar a legitimidade, a equidade na participação e a eficiência das instituições internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio (OMC).

 

Além disso, o bloco econômico – que além do Brasil, engloba Rússia, Índia, China, África do Sul, países fundadores – e mais Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Indonésia e Irã como membros permanentes, busca impulsionar o desenvolvimento socioeconômico sustentável e promover a inclusão social. Na oportunidade, Lula reforçou que a liderança do Brasil neste ano vai ressaltar o espaço para o diálogo na busca de soluções e propostas, com ênfase no multilateralismo.

 

Enviados dos chefes de estado e de governo dos integrantes do BRICS, os “sherpas” têm a responsabilidade de conduzir as discussões que vão culminar na Cúpula de Líderes, agendada para 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro. Além dos representantes de países-membros do BRICS (Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã), o encontro na capital brasileira contou com a presença de embaixadores de países parceiros do bloco, como Belarus, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.

 

NOVO FORMATO

 

Lula lembrou a chegada da Indonésia como mais recente membro pleno do grupo e afirmou que esta é a primeira vez que o bloco se reúne no Brasil em seu novo formato. O presidente brasileiro destacou a importância e responsabilidade histórica do bloco neste momento e reforçou o caráter estratégico da 30ª edição da Conferência sobre mudanças climáticas (COP-30) da ONU, que acontecerá em Belém (PA) no mês de novembro.

 

Lula destacou a importância de dar sequência às discussões realizadas no âmbito do encontro da cúpula das 20 maiores economias do planeta (G20), no Rio de Janeiro, em outubro do ano passado, na sequência dos debates do bloco, que este ano ocorrerão na África do Sul e listou os eixos prioritários da presidência brasileira a frente do BRICS: reforma da arquitetura multilateral de paz e segurança, incluindo a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), parceria para eliminação de doenças socialmente determinadas e doenças tropicais negligenciadas, contribuição para aprimoramento do sistema monetário e financeiro internacional, atenção aos efeitos da crise climática no planeta, discussão sobre o papel da inteligência artificial e seus desafios éticos, sociais e econômicos.

 

“A presidência brasileira vai reforçar a vocação do bloco como espaço de diversidade e diálogo em prol de um mundo multipolar e de relações menos assimétricas. Esses objetivos guiarão o nosso trabalho ao longo deste ano. (…) Atuar de forma coordenada pelo sucesso da presidência sul-africana do G20 e da presidência brasileira da COP 30 é defender o futuro compartilhado deste planeta. Teremos uma presidência intensa, que nos conduzirá a uma belíssima cúpula de chefes de Estado e de governo no Rio de Janeiro”, ”, adiantou e ressaltou o presidente brasileiro.

 

“Neste momento de crise, nossa responsabilidade histórica é buscar soluções construtivas e equilibradas. Ao longo das últimas quatro presidências do G20, sob a liderança da Indonésia, da Índia, do Brasil, e agora da África do Sul, o Brics tem sido central para avanços importantes. O Brics também continuará a ser peça-chave para que os ideais da Agenda 2030, do Acordo de Paris e do Pacto para o Futuro possam ser cumpridos. A presidência brasileira vai reforçar a vocação do bloco como espaço de diversidade e diálogo em prol de um mundo multipolar e de relações menos assimétricas. (…) É uma satisfação receber a Indonésia como mais recente membro pleno e a todos os demais membros e parceiros”, complementou Lula.

 

Com informações de assessoria.

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