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Com só 9 meses no Planalto, a atual primeira-dama tem uma taxa de conhecimento superior à que Michelle Bolsonaro tinha em setembro de 2022 –depois de quase 4 anos.

Brasileiros são indiferentes a atuação de Janja, aponta pesquisa

Da Redação

Só 22% dos eleitores que dizem conhecer a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, 57 anos, avaliam que a participação dela no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 77 anos, é “boa para o Brasil”. Os dados são de pesquisa PoderData realizada de 24 a 26 de setembro de 2023.

Em contrapartida, 28% dos eleitores brasileiros consideram que a participação da primeira-dama no governo de Lula é “ruim” para o país. Já para a maior parte dos entrevistados (41%), a atuação de Janja “não afeta o Brasil”. Outros 9% não souberam responder.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 24 a 26 setembro de 2023, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 212 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

ESTRATIFICAÇÃO

A avaliação da primeira-dama varia pouco por recorte demográfico. Mesmo entre as mulheres, as taxas são semelhantes ao eleitorado geral, com diferenças dentro da margem de erro (2 p.p. para o conjunto total da população).

Como mostra o quadro a seguir, a maior reprovação à atuação de Janja está entre os eleitores com mais de 60 anos (36%) e os que têm renda familiar acima de 5 salários mínimos (34%). Mas o que chama a atenção é que em todos os grupos demográficos o maior percentual é para respostas dizendo que a atuação da primeira-dama não tem impacto positivo nem negativo.

Eis a avaliação da participação de Janja por sexo, idade, região, escolaridade, renda familiar e religião:
CRUZAMENTO: VOTO EM 2022

Tanto eleitores de Lula (39%) quanto de Bolsonaro (45%) em 2022 declaram ser insignificante a atuação da primeira-dama no governo. No grupo que diz ter votado no petista, as avaliações positiva (28%) e negativa (24%) empatam no limite da margem de erro da pesquisa (2 p.p.).

CONHECIMENTO SOBRE JANJA

Janja é conhecida por 74% dos eleitores. O dado é a soma dos entrevistados que declararam “conhecer bem” (36%) e “de ouvir falar” (38%) a primeira-dama. Outros 26% disseram não conhecer a mulher de Lula.

A popularidade de Janja cresceu desde setembro de 2022 – a 1ª vez que o PoderData questionou os entrevistados sobre o tema. Há 1 ano, 37% diziam não conhecer a socióloga–diferença de 11 p.p em relação ao patamar atual.

Com só 9 meses no Planalto, a atual primeira-dama tem uma taxa de conhecimento superior à que Michelle Bolsonaro tinha em setembro de 2022 – depois de quase 4 anos. À época, só 53% dos eleitores diziam conhecer a ex-primeira-dama. O resultado demonstra o impacto da intensa atuação de Janja.

Eis as taxas de conhecimento sobre a primeira-dama brasileira por recortes demográficos (sexo, idade, região, escolaridade, renda familiar e religião):

POR QUE ISSO IMPORTA

Porque nunca uma primeira-dama teve tanto poder como Janja tem desde o início do Lula 3.

Agora, com Lula recluso no Alvorada se recuperando da cirurgia, a atuação de sua mulher pode ter ainda mais impacto, pois pode participar de eventos públicos com mais frequência para representar o marido. Isso já aconteceu na semana passada, quando ela foi ao Rio Grande do Sul, mas acabou não tendo uma recepção muito positiva.

Um ponto importante a destacar é que a pesquisa PoderData indica que a maior parcela das respostas é sobre a atuação de Janja não fazer nem bem nem mal para o país. Ou seja, há uma sensação mais geral de indiferença dos brasileiros a respeito da primeira-dama.

Fonte: Poder 360

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