Após se reunir com dirigente de montadora chinesa, Lula é convidado para inaugurar unidade no interior de SP com mais de R$ 10 bi em investimentos
Já uma missão do governo brasileiro na China apresentou ao governo daquele país o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, que promete recuperar cerca de 40 milhões de hectares de áreas de baixo e médio vigor produtivo em todo o Brasil.
Por Humberto Azevedo
Após se reunir na tarde desta terça-feira, 26 de novembro, com o presidente da montadora chinesa GWM, Parker Shi, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convidado para inaugurar a unidade da empresa no interior de SP, em Iracemápolis – a 400 km da capital paulista, que promete se instalar no país com mais de R$ 10 bilhões em investimentos e a operar a partir de 2025 gerar 700 empregos diretos.
Além de Lula, participaram da reunião o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio – Geraldo Alckmin, e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. A produção inicial prevista é de 30 a 45 mil carros por ano e deve ser expandida ao longo dos próximos anos. Durante o encontro, o presidente da companhia chinesa reafirmou o interesse da empresa em expandir a participação no mercado automotivo brasileiro, em particular de veículos elétricos e híbridos (que possui as mecânicas e tecnologia tanto elétrica, quanto a combustão – gasolina e etanol).
De acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, Parker Shi ressaltou o aporte tecnológico significativo previsto e a intenção de criar um centro de pesquisa e desenvolvimento do grupo no Brasil. O dirigente informou também o interesse da empresa em suprir outros mercados da América Latina com a produção realizada no Brasil, o que deve ter início em 2027. Shi destacou, ainda, a excelência dos trabalhadores e estrutura da indústria automotiva brasileira e a estabilidade do ambiente de negócios como pontos decisivos na decisão de realizar investimentos no país.
RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS
Já uma missão do governo brasileiro, na China, apresentou a cerca de 1600 representantes do setor florestal presentes à 2ª Conferência Mundial da Indústria Florestal, realizada em Nanning, na China, o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD), que promete recuperar cerca de 40 milhões de hectares de áreas de baixo e médio vigor produtivo em todo o Brasil.
O PNCPD é uma ação governamental que vem sendo desenvolvida pelo Mapa para promover, de forma sustentável, a recuperação de cerca de 40 milhões de hectares de áreas de baixo e médio vigor produtivo em todo o Brasil. Em sua fala, a secretária-adjunta de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Lizane Ferreira, destacou o pioneirismo da agropecuária brasileira, que prevê, a partir do PNCPD, a recuperação sustentável das pastagens, utilizando os sistemas integrados em convergência com as diretrizes do Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária 2020-2030 (Plano ABC+), proporcionando maior rentabilidade para o produtor sem comprometer a preservação ambiental.
“A nossa participação neste evento reforça o compromisso do Mapa com a parceria bilateral, principalmente porque a China é um eminente importador dos nossos produtos madeireiros e não madeireiros. Daí a importância de apresentarmos o PNCPD, mostrando ao mundo o enorme potencial do Brasil para, num futuro próximo, dobrar a marca de 10 milhões de áreas de florestas plantadas, mas sem comprometer a sustentabilidade ambiental e econômica”, afirmou a representante do Ministério da Agricultura.