Após conversa com Lula, Paulo Pimenta deixa a Secom e apresenta o novo ministro, o baiano Sidônio Palmeira, que comandou a campanha vitoriosa do presidente em 2022
Entretanto, a troca no comando da pasta só acontecerá em uma ou duas semanas; Pimenta, que é deputado federal pelo Rio Grande do Sul, quer definir – após alguns dias de descanso – com o presidente Lula, quais serão suas novas funções e tarefas em defesa do governo.
Por Humberto Azevedo
Após conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde desta terça-feira, 7 de janeiro, no Palácio do Planalto, o ministro responsável pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou em coletiva à imprensa que deixará a pasta nos próximos dias e apresentou o novo ministro, que o substituirá, o baiano Sidônio Palmeira, que comandou a campanha vitoriosa do presidente em 2022.
A pedido do próprio atual ministro, Lula concordou que a troca no comando da pasta só acontecerá em uma ou duas semanas. Pimenta, que é deputado federal pelo Rio Grande do Sul, pelo Partido dos Trabalhadores (PT), quer definir – após alguns dias de descanso – com o presidente Lula, quais serão suas novas funções e tarefas em defesa do governo. Sidônio é publicitário, já realizou diversas campanhas eleitorais de candidaturas petistas, e esta será a primeira experiência na administração pública.
“Nós tivemos uma conversa com o presidente hoje. (…) O presidente tem uma leitura muito precisa, em que nós tivemos uma primeira fase do governo, uma fase de reconstrução, uma fase de reposicionamento dos programas, das ações do governo. [Mas] a partir de 2025, nós vamos entrar numa fase nova do governo, aquilo que a gente chama de período da colheita, dos resultados. O presidente quer ter à frente da Secom uma pessoa que tenha um perfil diferente do perfil que eu tenho. um profissional de comunicação, uma pessoa que tenha experiência, que tenha talento, criatividade, capacidade de poder exercer essa tarefa e poder coordenar essa política de comunicação do governo neste próximo período”, disse aos jornalistas que cobrem as atividades da Presidência da República.
“Eu sou uma pessoa que tem minha trajetória toda dentro do PT, que tem uma história dentro do nosso partido e faço parte desse governo como parte integrante de um projeto do qual eu considero ser integrante, construtor, protagonista dele. Para mim é algo muito tranquilo poder hoje estar aqui na Secom e eventualmente amanhã ou depois poder ter outra tarefa ter outra função. Eu sou deputado eleito já no sexto mandato mais votado no Rio Grande do Sul e assim por dizer, nós começamos já o processo de transição, da equipe, do trabalho conjunto, e já a partir de hoje vamos construir essa caminhada até a semana que vem onde deve ocorrer, então, aí a formalização e a transmissão do cargo para o Sindônio”, complementou.
“[Faz] bastante tempo também que não tenho oportunidade de tirar férias, de ir e ficar alguns dias descansando. A última vez que eu fui, e saí de férias, foi antes da posse. Eu tinha acabado de viajar. 24 horas depois, fui chamado pelo presidente para assumir a Secom. Eu já tinha programado isso aí na quinta-feira e pedi para ele que eu pudesse manter esse período que eu preciso, de uma semana. E quando eu retornar, eu vou conversar com o presidente, sobre quais serão as minhas tarefas, as minhas funções, o que eu vou fazer daqui para frente. Pedi para ele, então, que me desse, pelo menos, esses dias, para que eu não seja designado agora para qualquer outra função. Para que, de novo, eu não tenha que adiar a possibilidade de ter uma semana de férias, de dez dias de férias”, completou o agora já quase ex-ministro.