• Política

“Centrão” foi decisivo para manter veto de Bolsonaro que impede a criminalização de quem propaga notícias falsas

• 29 de maio de 2024

Apesar de ter ministros no governo Lula III, deputados do “centrão” do MDB, PSD, PP e União Brasil votaram a favor das “fake news”, dispara a deputada indígena Célia Xakriabá.

Por Humberto Azevedo

O “centrão”, grupo político-partidário sem definição ideológica e que agrega parlamentares de diversas correntes, foi decisivo para manter o veto do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) que impede a criminalização de quem dissemina e propaga notícias falsas, as populares “fake news”.

Levantamento feito pela reportagem da RDMNews aponta que apesar de ter ministros no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a maioria dos deputados do “centrão” oriundos do MDB, PSD, PP, Republicanos e União Brasil foram decisivos para a manutenção do veto de Bolsonaro. Juntos, os quatro maiores partidos do “centrão”, possuem 11 ministérios, o comando da Caixa Econômica Federal (CEF) e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

De acordo com a deputada indígena Célia Xakriabá (PSOL-MG), presidente da Comissão dos Povos Indígenas e da Amazônia, todos votaram a favor das “fake news”. “O Congresso Nacional votou hoje pelo direito de MENTIR. Foi mantido o veto 46 de Bolsonaro que impede a tipificação do crime de disseminação de fake news, com pena de até 5 anos. Sem fake news o bolsonarismo não se sustenta e por isso a mobilização maciça de 317 parlamentares”, acusou.

Abaixo, segue a relação de como os partidos com representação partidária na Câmara dos Deputados votou.