Da Redação
Nesta segunda-feira (1), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná inicia o julgamento que pode resultar na cassação do senador e ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-PR). O julgamento ocorre em um momento em que o parlamentar está afastado de um de seus maiores aliados, o ex-procurador e deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Novo). Segundo o jornal
O Globo, Moro e Dallagnol, parceiros nos abusos e na perseguição promovida pela Operação Lava Jato, ingressaram na política em 2022. A relação entre os dois não ficou boa quando Deltan perdeu seu mandato.
A ausência de Moro nos atos em favor de Deltan em Curitiba e sua postura vista como mais comedida em relação ao governo Lula (PT) desagradaram aliados do ex-deputado. A tensão se intensificou quando o ex-ministro da Justiça Flávio Dino foi indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), gerando desconfiança em Dallagnol sobre a posição de Moro.
A mudança de domicílio eleitoral de Rosângela Moro para Curitiba também contribuiu para o distanciamento entre Moro e Dallagnol. Pré-candidato à prefeitura da capital paranaense pelo Novo, Deltan tem especulado sobre a possível candidatura da esposa do senador. Enquanto articuladores de Moro avaliam a movimentação da deputada federal Rosângela Moro como uma estratégia para disputar a vaga do marido no Senado em caso de cassação, aliados de Dallagnol interpretam a situação como uma ruptura definitiva entre os antigos aliados da Lava Jato.