Saída de Moraes e entrada de Mendonça no TSE dão esperanças a Moro
Da Redação
Nos bastidores, há previsões de uma condenação, mas a palavra final caberá ao TSE, onde a defesa de Moro poderá recorrer em caso de cassação de seu mandato. Com informações de Carolina Brígido, no UOL.
Os advogados de Moro têm como estratégia adiar um possível recurso até depois da saída de Moraes do tribunal, que está prevista para 3 de junho. Com a mudança na presidência do TSE, que passará para as mãos de Cármen Lúcia, e a entrada de André Mendonça no plenário, a expectativa é por um cenário mais favorável à reversão de uma eventual condenação.
Embora Cármen Lúcia já tenha emitido opiniões desfavoráveis a Moro no passado, sua posição atual não é garantida. A mudança de ideia da ministra em votações anteriores indica uma possível flexibilidade. Se já estiver na presidência do TSE, Cármen Lúcia pode ter um papel decisivo no destino de Moro, segundo aliados do ex-juiz.
Entre os ministros do TSE, há uma divisão clara em relação à condenação de Moro. Três ministros são vistos como favoráveis à cassação, enquanto outros três estariam inclinados a dar um voto contrário. A situação torna Cármen Lúcia uma peça-chave nesse tabuleiro jurídico.
Nos bastidores, espera-se que o julgamento no TRE seja rápido e sem grandes debates. Os juízes já tiveram tempo para se inteirar do caso e preparar seus votos. A ação foi movida pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), acusando Moro de abuso de poder econômico na campanha de 2022.
Se Moro for cassado e todos os recursos forem esgotados, uma nova eleição será convocada para preencher sua vaga no Senado. Isso porque a ação pede a cassação da chapa eleita, o que afetaria também os suplentes do senador.