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A linha direta entre Moraes e o Comandante do Exército

Da Redação

Em muitos casos, são iniciativas do próprio General que buscam o Magistrado para obter informações sobre membros da caserna sob investigação e esclarecer dúvidas sobre o cumprimento de decisões judiciais, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Um dos contatos mais recentes envolveu informações preliminares relacionadas à promoção de um militar dentro do Exército. Este foi o caso da nomeação do General Richard Nunes para o segundo posto mais alto da hierarquia militar, o de chefe do Estado-Maior. Antes de finalizar a decisão, o General Tomás Paiva consultou Moraes, especialmente porque o nome do General Nunes surgiu em conexão com o caso Marielle.

Richard Nunes ocupava o cargo de Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro em 2018, quando ocorreu o assassinato da vereadora.

De acordo com relatórios da Polícia Federal, ele foi responsável por nomear o Delegado Rivaldo Barbosa para a chefia da Polícia Civil, apesar de não ter sido recomendado pelo setor de inteligência da corporação. Rivaldo está atualmente detido, acusado de planejar o assassinato de Marielle, com os irmãos Brazão apontados como mandantes.

Alexandre de Moraes em evento do Exército, no Dia do Soldado de 2022. Foto: Gabriela Biló/Folhapress

Quando o nome do General Richard Nunes surgiu no relatório, o Comandante do Exército entrou em contato com Moraes e expressou sua intenção de promovê-lo. Durante a conversa, ele deixou claro que, caso houvesse informações comprometedoras sobre Nunes, reconsideraria sua escolha. Moraes indicou que prosseguiria com a nomeação.

Essa não foi a única ocasião em que o Comandante do Exército consultou o Ministro. Sempre que surgem dúvidas sobre como proceder em relação às ordens do STF envolvendo militares sob investigação, Tomás Paiva busca orientação junto ao Magistrado.

O General estabeleceu, por exemplo, uma política para membros da caserna que tenham sido presos. Eles são obrigatoriamente afastados de suas funções e enviados para casa. Já os investigados que não foram detidos, mas foram alvo de medidas como buscas, são transferidos para outros postos, mas permanecem em atividade no Exército.

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