“Precisamos voltar a ouvir antes de falar e falar sem agredir”, pede Davi Alcolumbre na reabertura dos trabalhos do Legislativo
O novo presidente do Congresso Nacional, o senador amapaense em sintonia com a meta do governo federal de erradicar a extrema-pobreza falou, ainda, que é “nosso dever garantir que cada família tenha comida na mesa”.
Por Humberto Azevedo
Em busca de conciliação, esse foi o tom do discurso proferido na tarde desta segunda-feira, 3 de fevereiro, no plenário da Câmara durante a sessão do Congresso Nacional que reabriu os trabalhos no Poder Legislativo, do novo presidente do Congresso Nacional – senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). “Precisamos voltar a ouvir antes de falar e falar sem agredir”, pediu o senador amapaense.
Em sintonia com a meta do governo federal de erradicar a extrema-pobreza no país retirar, mais uma vez o Brasil do “mapa da fome”, Alcolumbre resumiu as missões do parlamento brasileiro neste próximo biênio entre os anos de 2025 e 2026. Segundo ele, é “nosso dever garantir que cada família tenha comida na mesa”.
“Vamos trabalhar para que o Congresso seja sempre um espaço de construção e diálogo – e é isso que vamos entregar. (…) O nosso dever é garantir que cada família tenha comida na mesa, que cada jovem tenha oportunidades, que cada trabalhador tenha segurança e dignidade. Devemos sempre entregar ao povo brasileiro uma vida melhor, com trabalho, com saúde, com educação, com segurança e moradia digna. O povo brasileiro quer um país mais próspero, que cresça e que acolha todos os seus filhos”, ilustrou.
ÍNTEGRA
Abaixo, segue a íntegra do pronunciamento feito pelo novo presidente do Senado e do Congresso.
“Gostaria, novamente, de agradecer a presença, à Mesa, das autoridades do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. Senhoras e senhores, sejam todos muito bem-vindos ao Congresso Nacional, à Casa do Povo brasileiro. Meus cumprimentos aos que estão aqui hoje, aos que nos assistem pelos meios de comunicação e que nos acompanham, também, nas redes sociais. Cumprimento, especialmente, os representantes, como disse, do Poder Executivo, os representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público que se juntam a nós neste momento tão simbólico de inauguração de uma nova sessão legislativa. Cumprimento, especialmente, os meus caros colegas Parlamentares: as Senadoras, os Senadores, as Deputadas e os Deputados. Senhoras e senhores, o Brasil de hoje exige de nós coragem, compromisso e ações que tragam resultados positivos ao povo brasileiro. Vamos trabalhar para que o Congresso seja sempre um espaço de construção e diálogo – e é isso que vamos entregar. Senhoras e senhores, o nosso país precisa de união e pacificação. O brasileiro quer crescer, quer empreender, quer viver com dignidade, e nós temos que ser o instrumento para que isso aconteça. Vamos avançar na agenda fiscal, na geração de emprego e renda e no combate incansável às desigualdades. O nosso dever é garantir que cada família tenha comida na mesa, que cada jovem tenha oportunidades, que cada trabalhador tenha segurança e dignidade. Devemos sempre entregar ao povo brasileiro uma vida melhor, com trabalho, com saúde, com educação, com segurança e moradia digna. O povo brasileiro quer um país mais próspero, que cresça e que acolha todos os seus filhos. O nosso papel é garantir que esse sonho de país, com que sonhamos todos os dias, se torne realidade para todos os brasileiros – para todos os brasileiros sem exceção. Para isso, precisamos de um Legislativo forte, atuante e, sobretudo, respeitado, de um Congresso que fiscaliza, que propõe, que debate, que faz acontecer. Um Legislativo forte é indispensável à estabilidade democrática, é a garantia de mecanismos efetivos de fiscalização do uso dos recursos públicos e da execução das políticas governamentais. É o espaço real de negociação e mediação que promove o equilíbrio entre os diferentes grupos políticos, sejam regionais ou sociais. Para isso, precisamos todos nós trabalhar de forma responsável. Uma oposição consciente é necessária e é sempre bem-vinda na nossa democracia. Vamos reencontrar os fundamentos comuns que nos unem: a cordialidade, o respeito mútuo e, principalmente, o diálogo. Precisamos voltar a ouvir antes de falar e falar sem agredir. Vamos colocar o bem-estar dos brasileiros – de todos os brasileiros – acima de nossos preconceitos, de nossas vaidades, de nossos interesses pessoais, de nossas conveniências políticas ou eleitorais. O povo brasileiro quer um governo que facilite a sua vida, que torne o dia a dia mais simples e menos burocrático. O cidadão não pode ser refém de um sistema que atrapalha mais do que ajuda. O papel do Estado deve ser o de viabilizar oportunidades, incentivar o trabalho e o empreendedorismo, para que cada brasileiro possa sempre, sempre prosperar. É essencial lembrar: somos nós, Parlamentares, que temos a competência constitucional e o dever de trabalhar incansavelmente para melhorar as condições de vida de cada canto deste país. Essa é a expectativa de quem nos colocou aqui, e esse é e será sempre o nosso compromisso. Temos, sim, enormes desafios pela frente: consolidar a nossa economia, equilibrar as contas públicas, promover o desenvolvimento econômico e social e garantir que a voz do povo seja ouvida e respeitada. E, para que isso tudo aconteça, é essencial que cada poder respeite suas funções e seus limites. O Congresso tem a sua autonomia e as suas prerrogativas. Vamos trabalhar em harmonia com o Executivo e o Judiciário, mas sempre garantindo que a voz do povo, representada aqui, neste Parlamento, seja a base de todas as decisões. E que nossas decisões sejam tomadas sob as regras do regime democrático, buscando sempre o consenso, mas, quando ele não for possível, que se respeite a vontade da maioria, permitindo que ela se expresse e delibere, sempre garantindo a proteção do direito das minorias se manifestarem em suas divergências. É um dos meus compromissos na Presidência do Congresso Nacional, à qual retorno com um objetivo claro: o da pacificação. A democracia é exatamente o instrumento concebido para lidar com a diversidade, para acomodar, em um mesmo projeto de nação, perspectivas dissonantes; para incluir a todos, sem excluir ninguém. Que o nosso trabalho seja marcado pelo respeito mútuo, pela cooperação, pela fraternidade e pelo compromisso com o bem maior do povo brasileiro. Se cada poder cumprir sua missão, sem invadir as prerrogativas do outro, se nos concentrarmos nas soluções, e não nos debates, construiremos juntos um Brasil mais forte, mais justo e mais próspero. A Casa do Povo, senhoras e senhores, é a força motriz da democracia e trabalhará incansavelmente pelo Brasil, mas, para que essa engrenagem funcione em seu potencial máximo, é fundamental que haja a cooperação entre os Poderes. O Executivo, o Legislativo e o Judiciário não são adversários; são pilares que sustentam a nossa nação. Conclamo a harmonia ao equilíbrio, pois, somente assim, resguardaremos os direitos e as prerrogativas constitucionais do Congresso Nacional. A recente controvérsia sobre as emendas parlamentares ao orçamento ilustra a necessidade de respeito mútuo e diálogo comum. As decisões do Supremo Tribunal Federal devem, sim, ser respeitadas, mas é igualmente indispensável garantir que este Parlamento não seja cerceado em sua função primordial de legislar, de representar os interesses do povo brasileiro, inclusive levando recursos e investimentos a todas as regiões do Brasil. Que a presença hoje aqui de representante dos três Poderes da União seja mais do que um gesto formal; seja um símbolo vivo de que podemos construir, sim, juntos e – devemos – agir com responsabilidade e compromisso de nação. Senhoras e senhores, o Brasil é um país gigante, forte e capaz, e este Congresso tem a missão de estar sempre à altura desse povo extraordinário. Que 2025 seja um ano de trabalho sério, de compromisso com a verdade, de respeito às diferenças, mas, acima de tudo, de união nacional! Vamos juntos construir um país melhor! Meus agradecimentos a todos os Congressistas e convidados que se fizeram presentes nesta sessão solene. Agradecendo a todas as autoridades, a todos os convidados que nos honram com o seu comparecimento, está encerrada a sessão. Muito obrigado.”