Sumido dos holofotes desde o governo Temer, Aécio lembra que há 40 anos seu avô era eleito presidente do Brasil
O ex-governador e ex-senador de Minas Gerais, candidato derrotado nas eleições de 2014, Aécio Neves publicou em suas redes que a vitória de Tancredo Neves, que não chegou a assumir, no colégio eleitoral, punha fim à ditadura militar.
Por Humberto Azevedo
Sumido dos holofotes desde o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), do qual foi um dos principais apoiadores, o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) lembrou que nesta data, 15 de janeiro, há 40 anos, o seu avô – Tancredo Neves – era eleito presidente do Brasil, cargo que não chegou a exercer devido a uma piora do estado de saúde nas vésperas de tomar posse em 15 de março de 1985.
O ex-governador e ex-senador de Minas Gerais, candidato derrotado nas eleições de 2014 para a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves publicou em suas redes que a vitória de Tancredo Neves no colégio eleitoral pôs fim à ditadura militar. Tancredo foi o primeiro presidente civil, não militar, eleito para comandar o país desde o golpe de Estado realizado em 1º de abril de 1964.
Devido às complicações de saúde que impediram sua posse e que o levaram a morte em 21 de abril de 1985 – data em que celebra o mártir da Inconfidência Mineira, Joaquim Silvério dos Reis (Tiradentes), tomou posse em seu lugar o então vice na chapa eleita pelo colégio eleitoral formado por deputados e senadores, José Sarney.
“Há exatos 40 anos, Tancredo Neves marcava para sempre a história do Brasil. Em 15 de janeiro de 1985, no colégio eleitoral, sua vitória representava a esperança de um país inteiro pela redemocratização, pela liberdade e pela construção de um futuro mais justo. Tancredo emocionou a todos ao trazer para o Congresso o simbolismo de uma luta que não era só dele, mas de cada brasileiro que acreditava no poder do diálogo e da união”, escreveu Aécio em seus perfis nas redes digitais.
“Foi a vitória de valores que nunca podem ser esquecidos: o respeito à democracia, à diversidade e ao povo brasileiro. Tancredo não chegou a assumir o cargo, mas sua trajetória e seu legado seguem vivos como exemplo de coragem, equilíbrio e amor ao Brasil. Hoje, honramos sua memória e reafirmamos o compromisso com os princípios que ele tanto defendeu”, completou o político mineiro que perdeu a hegemonia do seu campo político para o grupo político do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), eleito em 2018.