• Home
  • Política
  • Bolsonaristas e familiares de investigados pelo 8 de janeiro planejam ato em contraposição ao governo e STF

Bolsonaristas e familiares de investigados pelo 8 de janeiro planejam ato em contraposição ao governo e STF

Ato prevê ‘superlive’ para denunciar supostas irregularidades nos processos, além de abordar o projeto de anistia para os envolvidos na trama golpista

A Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro organiza, para esta quarta-feira (8), um ato virtual em memória dos dois anos dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, em um esforço de contraposição aos atos que serão realizados pelo Palácio do Planalto e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a coluna do jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil, o ato prevê uma live de oito horas, intitulada “08 de janeiro: 2 anos de farsa”, onde o grupo abordará oito temas, com destaque para o número de julgamentos, supostas irregularidades nos processos e a situação dos investigados que fugiram do Brasil para a Argentina e outros países.

O advogado da associação, Ezequiel Silveira, disse que “a ideia é essa: não deixar passar em branco a data. O governo e o STF vão tentar fortalecer a narrativa deles e nós faremos o contraponto de como esses processos contêm abusos e irregularidades e que, a pretexto de defender a democracia, esse consórcio entre STF e Planalto está acabando com a democracia”.

Entre os temas discutidos estarão as ações penais abertas (1.552), as condenações (371), os acordos de não persecução penal (527), e os presos provisórios (78). O grupo também pretende abordar as nulidades nos processos e as condições de detenção, com relatos de casos de presos doentes, alguns dos quais faleceram.

Do outro lado, o ato que marcará os dois anos dos ataques às sedes dos Três Poderes será realizado no Palácio do Planalto e contará com a presença de ministros, presidentes dos Poderes e governadores. Durante a cerimônia, serão exibidas as obras de arte restauradas após a depredação ocorrida em 2023. Além disso, haverá um abraço simbólico da Praça dos Três Poderes, organizado pela Frente Brasil Popular, em apoio aos movimentos sociais que lutam pela democracia e contra o autoritarismo.

“Trata-se da construção de uma memória coletiva, para que a tentativa de tomada violenta do poder nunca mais seja cogitada por quem quer que seja. Como havia assinalado o presidente Lula em seu discurso de posse, se antes dizíamos ditadura nunca mais, agora é a vez de garantir democracia para sempre”, disse o advogado-geral da União, Jorge Messias, sobre o ato em memória dos ataques golpistas de 8 de janeiro

  • Compartilhar:

PUBLICIDADE