• Home
  • Política
  • Após prisão preventiva de Braga Netto e “recursos do agro” para financiar golpe, FPA defende “que os responsáveis sejam identificados e punidos com o máximo rigor da lei”
Então ministro da Defesa, Braga Netto, durante a cerimônia militar de promoção de graduados do quadro especial de sargentos na Base Aérea de Brasília. (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

Após prisão preventiva de Braga Netto e “recursos do agro” para financiar golpe, FPA defende “que os responsáveis sejam identificados e punidos com o máximo rigor da lei”

A bancada ruralista, que possui 304 deputados federais e 50 senadores, afirmou ainda em nota, que “contudo, é inadmissível que ações isoladas sejam usadas para comprometer a imagem” do setor rural.

 

Por Humberto Azevedo

 

Após o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, general Walter Braga Netto, ter sido preso preventivamente por atrapalhar as investigações da Polícia Federal, que investiga os atos antidemocráticos que tentaram um golpe de Estado, no último sábado, 14 de dezembro, e ter vindo a público um trecho da delação realizada pelo ex-ajudante de ordens do presidente Jair Messias Bolsonaro, Mauro Cid, de que Netto teria afirmado que o dinheiro para financiar o plano de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, “foi obtido junto ao pessoal do agronegócio”, a Frente Parlamentar de apoio à Agropecuária (FPA) emitiu uma nota oficial defendendo “que os responsáveis” por tal ato “sejam identificados e punidos com o máximo rigor da lei”.

 

Conhecida popularmente por assessores e jornalistas como “bancada ruralista”, que possui 304 deputados federais e 50 senadores, a FPA afirmou ainda que “contudo, é inadmissível que ações isoladas sejam usadas para comprometer a imagem” do setor rural. Braga Netto é acusado ainda pelo Ministério Público Federal (MPF) de coagir testemunhas como o pai de Mauro Cid, Mauro Lorena Cid. O general, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, foi preso quando estava em sua casa, na Zona Sul da capital fluminense, em Copacabana. Netto está preso na primeira divisão do Exército no Rio de Janeiro (RJ).

 

“A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) reforça a importância de que as investigações sejam conduzidas com urgência e rigor, apurando todos os indícios de ações criminosas de forma imparcial. Defende-se que os responsáveis sejam identificados e punidos com o máximo rigor da lei, independentemente da atividade econômica de eventuais envolvidos”, manifestou-se a FPA presidida pelo deputado Pedro Lupion (PP-PR).

 

“Contudo, é inadmissível que ações isoladas sejam usadas para generalizar e comprometer a imagem de um setor econômico composto por mais de 6 milhões de produtores e que desempenha papel fundamental no desenvolvimento do país. A FPA destaca a necessidade de que as investigações sejam conduzidas de forma legal, transparente, equilibrada e em estrita observância ao que determina a Constituição Federal”, diz o final da nota emitida pela bancada ruralista.

  • Compartilhar:

PUBLICIDADE