Após pedido de desculpas do Carrefour, governo federal afirma “reagir com firmeza contra qualquer nova campanha que tenha como alvo a imagem de produtos brasileiros”
Se posicionaram pelo governo brasileiro os Ministérios da Agricultura e Pecuária e das Relações Exteriores. “O governo brasileiro espera que as empresas que anunciaram boicotes a produtos brasileiros revertam essas decisões”, diz um trecho da nota.
Por Humberto Azevedo
Após o “ceo” do Carrefour, Alexandre Bompard, pedir desculpas em carta endereçada ao ministro da Agricultura, senador licenciado Carlos Fávaro (PSD-MT), por colocar em dúvida a qualidade da carne produzida no Brasil e em todos países que compõem o Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai), o governo federal – através dos Ministérios da Agricultura e Pecuária e das Relações Exteriores – distribuiu uma nota à imprensa afirmando que a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva “voltará a reagir com firmeza contra qualquer nova campanha que tenha como alvo a imagem de produtos brasileiros”.
De acordo com as duas pastas ministeriais, “o governo brasileiro espera que as empresas que anunciaram boicotes a produtos brasileiros revertam essas decisões infundadas e que todos os atores que tenham contribuído para essa campanha de desinformação tenham presentes as consequências negativas de seus atos e levem em conta o grave impacto que poderão ter para as suas relações com o Brasil”.
“A respeito de publicação recente do CEO Global do Carrefour, Alexandre Bompard, na rede social X, que contém desinformação e ataca a qualidade de produtos brasileiros, e também de sua retificação em carta ao Ministro da Agricultura e Pecuária, veiculada hoje, o governo brasileiro se manterá vigilante na defesa da imagem do País e da sua produção, em coordenação com o setor privado”, iniciou a nota emitida pelos Ministérios comandados pelos ministros Fávaro e Mauro Vieira.
“A condição de protagonista no mercado global de alimentos, conquistada com produtos competitivos, sustentáveis e, sobretudo, de alta qualidade e rigor sanitário, é resultado do trabalho de várias gerações de brasileiras e brasileiros. Graças a essas características e à capacidade de atender plenamente às exigências e controles sanitários de mais de 160 países, incluindo os rigorosos controles da União Europeia, a produção brasileira também superará, como superou no passado, as atuais manifestações protecionistas baseadas em campanhas generalizadas sem qualquer base nos fatos e no sistemático ataque à imagem de produtos concorrentes”, continua a nota dos dois Ministérios.