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Bolsonaro, anistia e candidatura, pacote fiscal e G20 são temas centrais da coluna Bastidores da República desta quarta, 13

Por João Pedro Marques

 

Bolsonaro confirma acordo com Lira para tentar viabilizar PL da Anistia

Bolsonaro: “Sou candidato até minha morte política ser para valer” | Metrópoles

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou que acordou com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a criação de uma comissão na Casa para o projeto que anistia os bolsonaristas que atuaram em 8 de janeiro de 2023. O projeto beneficiaria Bolsonaro, que é investigado por conta de supostas articulações golpistas.

“Ele conversou comigo, sim. Eu concordei com a criação da comissão. Na comissão (especial), você pode convidar ou convocar certas pessoas. Do nosso lado, eu conversei com mais parlamentares também, a gente quer trazer, por exemplo, aquelas seis crianças de dez anos para baixo, filhas de um homem que foi condenado a 17 anos, está foragido, ninguém sabe onde ele está. Está foragido”, disse Bolsonaro, entrevista ao jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, divulgada nesta quarta-feira (13).

Segundo o ex-capitão, é possível que o PL da Anistia obtenha êxito em 2025:

“Esse ano não vai dar certo, no meu entender. Não vai ter tempo para isso. Mas não tínhamos alternativa. Porque, olha só: mesmo se aprovado na comissão… Estava lá conversando com a Carol de Toni (PL-SC), presidente da CCJ, estava indo muito bem. Tínhamos muita esperança de aprovar lá. Agora, indo para a Câmara, teria que ter o Lira para botar em pauta. E tínhamos dúvida se o plenário apoiaria. Você ouvia há pouco tempo o líder do PDT falando que é favorável a uma anistia parcial. Já se começou a falar. Lá atrás, o José Múcio, ministro da Defesa, falou que não foi golpe. Há poucos dias, o (Nelson) Jobim (ex-ministro do STF e da Defesa) falou a mesma coisa, depois voltou atrás. Mas já falou alguma coisa”, acrescentou.

A “carta na manga” de Bolsonaro para conseguir ir à posse de Trump

Eleição de Trump nos EUA dá esperança para Bolsonaro no Brasil - Mundo - Ansa.it

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro acreditam que ele tem uma “carta na manga” para conseguir a liberação de seu passaporte e participar da posse de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos. O documento foi retido em fevereiro deste ano no âmbito de investigações sobre a suposta trama golpista. Segundo a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, interlocutores do ex-presidente acreditam que o ministro Alexandre de Moraes, responsável pela apreensão do documento, poderia ceder caso Bolsonaro recebesse um convite oficial do republicano. Para auxiliares, Bolsonaro poderia anexar o convite ao processo e usar o documento como uma espécie de pedido indireto de Trump para a liberação do passaporte. O entorno do ex-presidente dizer ter certeza que ele será oficialmente chamado para a posse.

“Se o Congresso está discutindo anistia, o local é mesmo o Congresso”, diz Barroso

Relações entre países são baseadas em interesses e devem ser pragmáticas", diz Barroso sobre Brasil-EUA sob Trump | Brasil 247

O ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, enfatizou a importância do Congresso Nacional como palco adequado para discussões sobre anistia, durante o Fórum Brasil, promovido pelo Brasil 247, em parceria com o LIDE, em Brasília, nesta quarta-feira (13). As declarações de Barroso ocorreram em meio ao debate sobre uma possível anistia para os envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023. Para Barroso, a situação atual do Brasil reflete uma “normalidade institucional” após a superação das ameaças ao regime democrático.

“Essa é uma ameaça [de golpe] felizmente superada no Brasil. Existe a maior normalidade institucional no país, uma relação boa entre os Poderes. Eu mesmo tenho relação pessoal boa com o presidente do Senado, com o presidente da Câmara, com o presidente da República”, afirmou o ministro, destacando a convivência democrática entre os Poderes e a liberdade para divergências.

“Sou candidato até que minha morte política seja anunciada para valer”, diz Bolsonaro

Ainda na entrevista a Igor Gadelha, Jair Bolsonaro afirmou que pretende permanecer candidato à presidência até que tenha a “morte política” oficialmente decretada, apesar de já estar inelegível até 2030.

Jair Bolsonaro | Político | G1

“A resposta é a mesma: essa partícula ‘se, caso, talvez’ não existe. Eu sou candidato até que a minha morte política seja anunciada para valer. Eles não têm argumento para me tirar da política. A não ser o poder, a força de arbitrariedades contra a minha pessoa. Repito: qual a acusação contra mim? Que eu fiz de errado para não disputar uma eleição? E, se eu sou tão mal assim, deixa eu disputar para perder. É muito simples. Ou estão com medo da minha candidatura?”, declarou.

Bolsonaro demonstrou confiança em reverter a inelegibilidade

Além disso, Bolsonaro mencionou esperar o apoio do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para viabilizar a sua candidatura à Presidência da República em 2026. Bolsonaro, no entanto, admitiu que a comunicação direta com Trump é limitada.

“Eu não tenho essa liberdade toda para conversar com ele, apesar de conhecer alguns assessores, que estão sendo pré-anunciados para compor seu gabinete. Mas acredito que ele tenha um interesse enorme no Brasil, pelo seu tamanho, pelas suas riquezas, pelo que representa o nosso povo. E como um país que realmente possa aqui, como exemplo, desequilibrar positivamente para a democracia, para a liberdade, toda a América do Sul. Então, ele vai investir no Brasil sim, no meu entender, no tocante a fazer valer os valores do seu povo, que é muito semelhante ao nosso. Que, através da liberdade de expressão, nós possamos aqui sonhar e não mergulharmos mais ainda numa ditadura que se avizinha”, afirmou.

Haddad coloca em dúvida anúncio de pacote fiscal nesta semana

Por que o pacote de Haddad está paralisado | VEJA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não sabe se há tempo hábil para o governo anunciar nesta semana o conjunto de medidas para controle de gastos públicos, ressaltando que a apresentação será feita quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizar. Em entrevista a jornalistas, da qual esta coluna participou, o ministro afirmou que o impacto fiscal do pacote será expressivo, argumentando que a ideia é fazer rubricas do Orçamento se enquadrarem na regra de crescimento de despesa do arcabouço fiscal.

“Mais do que o número, que é expressivo, mais do que o número, que na opinião da Fazenda reforça o nosso compromisso de manter as regras fiscais estabelecidas desde o ano passado, mais do que isso é o conceito que nós utilizamos para fazer prevalecer essa ideia de que as rubricas devem todas elas, na medida do possível, ir sendo incorporadas a essa visão geral do arcabouço para que ele seja sustentável no tempo”, disse.

 

Todo mundo que melhor regulamentação das bets

Pressionado por “pandemia das bets”, Congresso se articula para mudar legislação

Do Congresso Nacional, passando pelo Executivo, até o Judiciário, todo mundo quer que as bets, as apostas online, tenham uma melhor regulamentação. A lei que permitiu o funcionamento das apostas acabou liberando um cassino virtual no Brasil, o que vem provocando graves prejuízos para os cidadãos. Por essa razão, o Congresso intensifica investida contra as bets com uma nova CPI, instalada na terça (12) e 55 projetos de lei restritivos, que tramitam na Câmara e Senado 55.

“Os jogos virtuais de apostas online envolvem grandes quantias de dinheiro que transitam de forma rápida e muitas vezes anônima, o que torna o setor suscetível a práticas de lavagem de dinheiro. Esses esquemas podem envolver a utilização de ganhos em apostas, a manipulação de resultados, ou até mesmo a criação de contas falsas para movimentar recursos de origem duvidosa”. Diz a justificativa da nova CPI.

Bets é assunto de audiência pública no Supremo

Para times de futebol, proibição de bets causaria ‘colapso’ do mercado de esportes

Enquanto isso, desde segunda-feira (11) acontece audiência pública no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a constitucionalidade dos jogos de aposta. O ministro Luiz Fux disse que a lei que regulamenta as bets precisa de ajuste imediato e que o julgamento da ação que questiona a constitucionalidade da norma deve ser feito com urgência.

G20 Social vai debater taxação dos super-ricos

G20 Social

O G20 Social começa nesta quinta (14) e prossegue até sábado (16), no Rio de Janeiro, antes da cúpula dos líderes das 20 maiores economias do mundo, no mesmo local, nos dias 18 e 19. As propostas serão entregues ao presidente Lula, atual presidente do G-20, e ao próximo, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. A proposta de taxação dos super-ricos é um dos temas principais do G20 Social. “Ela é vista como uma necessidade para financiar o desenvolvimento social e, assim, combater a fome e as desigualdades, enfrentar as mudanças climáticas e a transição de um modelo energético baseado em combustível fóssil para uma economia de baixo carbono”, diz Renato Simões, secretário nacional de Participação Social da Secretária-Geral da Presidência da República.

 

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