Eleição de Trump não influencia no Judiciário brasileiro e corte de gastos são alguns temas da coluna Bastidores da República
Por João Pedro Marques
Eleição de Trump em nada mudará sua atuação no STF
Para quem conhece das relações entre os países soberanos fica difícil embarcar no delírio de que a eleição de um presidente dos Estados Unidos pode interferir na vida política e, sobretudo, no Judiciário, de outro país. As coisas para as bandas do Supremo Tribunal Federal (STF) vão continuar a mesa coisa. Caso contrário o Brasil deixaria de ser um país soberano e se tornaria uma colônia.
Bolsonaro quer ajuda de Temer para recuperar seu passaporte
O ex-presidente Jari Bolsonaro quer muito participar da cerimônia de posse do seu amigo, Donald Trump. Para isso não tem medido esforço e agora recorrer a Michel Temer, ex-presidente da República, para que este atue como intermediário nas negociações com o ministro Alexandre de Moraes, que, já sinalizou que não vai liberar o passaporte. A estratégia de Bolsonaro e seu entorno baseia-se na premissa de que a ausência do ex-presidente na cerimônia de posse de Trump, um evento de grande visibilidade internacional, reforçaria a narrativa de que ele é um perseguido político. Tal cenário, acreditam seus aliados, poderia pressionar o STF perante a opinião pública e abrir caminho para críticas e questionamentos internacionais à conduta da corte.
Lula quer evitar que pacote seja visto como rendição ao mercado
O pacote de medidas para controlar o crescimento dos gastos do governo e tentar equilibrar a dívida pública não pode ser visto como “uma rendição” ao mercado financeiro. O recado do presidente Lula já ficou claro para equipe econômica que coordena a definição das medidas. Gato escaldado, após duas gestões na Presidência, Lula também cobrou rigor nos cálculos e previsões. “Uma conta mal calibrada e o que fica é que o governo é incompetente ou vira um imbróglio jurídico”, argumentou um interlocutor do presidente.
Queda de braço com uma parcela do mercado
A cobrança de Lula tem como pano de fundo uma queda de braço que ele trava com uma parcela do mercado e que, segundo avaliações internas no governo, “critica a gestão petista faça ela o que for”. No Palácio do Planalto, há quem defenda que, se o presidente precisará ceder e mexer em áreas sociais, algo a que ele sempre resistiu, então “não é possível errar”. Em outras palavras, ele precisa colher os benefícios que espera.
Empurrar a questão fiscal pode comprometer o desempenho da economia
Lula foi convencido de que não pode empurrar mais a discussão fiscal sob o risco de comprometer o desempenho da economia num momento determinante: 2026, ano da próxima eleição presidencial. Nesse ponto, avalia-se ainda que o estresse econômico das últimas semanas, seja pelos questionamentos com a escalada da dívida pública ou com a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, contribui com os planos do governo, pelo menos, em duas frentes: i) minimizar a choradeira dos ministros porque suas áreas serão afetadas; e ii) ajudar nas negociações com Congresso Nacional.
Biden planeja chegar antes para o G20 e visitar a Amazônia
Joe Biden deve chegar ao Brasil dias antes da programação oficial do G20 e aproveitar para visitar a Amazônia. O presidente americano está planejando passar por Manaus antes de chegar ao Rio para o encontro de cúpula. A passagem por Manaus ainda não está 100% confirmada, mas, segundo o portal PlatôBR, equipes a serviço da Casa Branca já estão trabalhando para deixar tudo pronto e organizado caso o presidente confirme o plano de visitar a capital amazonense.
35 deputados vão à posse de Trump e 7 são da base de Lula
Ao menos 35 deputados federais vão viajar aos Estados Unidos para participar da posse do presidente eleito do país, Donald Trump, em janeiro de 2025. A lista inclui sete parlamentares de partidos da base do governo Lula. Os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF), que acompanharam a apuração de votos na disputa, têm organizado a viagem ao país. Dos parlamentares que fazem parte da base do governo, há quatro membros do União Brasil, dois do PP e um do Republicanos. Fernando Máximo (União-RO), Cristiane Lopes (União-RO), Coronel Ulysses (União-AC), Dayany Bittencourt (União-CE), Pedro Lupion (PP-PR), Evair de Melo (PP-ES) e Messias Donato (Republicanos-ES) são os parlamentares do grupo governista que irão ao país.
Partidos governistas, sim, mas fechados, não!
Os parlamentares mencionados acima são de fato membros de partidos da base do governo, mas os elencados não são fechados com o governo. Aliás, esta ´uma situação que se refletem nas votações no Congresso Nacional. Boa parte dos parlamentares de partidos fechados com o governo não seguem o Executivo nas votações. Ou seja, somo, pero no mucho!
Austrália propõe proibir redes sociais para menores de 16 anos.
Uma tendência mundial que caminha para se concretizar em muitos países é a proibição de que crianças e adolescentes tenham acesso às redes sociais. Estudos demonstram que esta prática tem prejudicado muito o aprendizado e o desenvolvido psicossocial deste estrato da população. Em países nórdicos e na China, por exemplo, os celulares já estão banidos nas escolas. O debate a cerca dessa questão já está no parlamento brasileiro.