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O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, em visita ao Palácio do Planalto junto ao deputado Júlio César (PSD-PI) e o senador Otto Alencar (PSD-BA), é considerado o maior vencedor das eleições 2024. (Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil)

Eleições municipais consolidam força dos partidos do “Centrão”

O PL do ex-presidente saltou de 349 para 523 prefeituras. O PT ampliou a bancada de prefeitos de 183 para 245. No campo da centro-esquerda, a legenda que mais alcançou prefeituras foi o PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin, de tinha 258 e terá 311.

 

Por Humberto Azevedo

 

A realização das eleições municipais que aconteceram neste último domingo, 6 de outubro, consolidou ainda mais a força política dos partidos apelidados de “Centrão”, que reúnem agremiações partidárias que são em sua maioria de tendência de direita e centro-direita – mas que buscam atuar com o máximo de pragmatismo e até mesmo com práticas fisiológicas, turbinadas com o emprego de verbas públicas em ações e obras consideradas paroquianas, sem levar em consideração disposições estratégicas e de planejamento a médio e a longo prazo.

 

Dentro deste cenário, o partido que mais cresceu foi o PSD presidido pelo chefe da Casa Civil do governo de São Paulo (SP) administrado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), Gilberto Kassab, mas que é muito influente também junto ao governo federal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – no qual sua legenda comanda três ministérios: Agricultura e Pecuária, Aquicultura e Pesca e Minas e Energia. Nestas eleições, o PSD foi de 662 para 888 prefeituras, um aumento de 34%.

 

Seguindo o PSD, vem o MDB do ex-presidente Michel Temer e do ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), que saiu de 797 prefeituras para o comando de 860 municípios a partir de 1º de janeiro de 2023, o que representou um aumento de 7%. Já o PP (Progressistas) do atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), também teve um aumento de 7%, tinha 701 prefeituras e passará a ter 752 gestões municipais.

 

Ainda no campo do “Centrão”, o União Brasil, que é o antigo DEM e PFL, foi o partido que menos apresentou crescimento nestas eleições de 2024. Ao todo, cresceu apenas 3%, saindo de 568 municípios administrados pela legenda para 589 prefeituras a partir de 2025. O Republicanos, braço político da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) do bispo Edir Macedo – dono da “TV Record”, foi o partido do “Centrão” que mais cresceu nestas eleições, com um aumento de 103%. Saltando de 216 prefeituras para 439. E o Avante, que tinha 81 prefeituras, saltou para 136 – o que representou um aumento de 67%.

 

Já o PL do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro saltou de 349 para 523 prefeituras. O crescimento da legenda presidida pelo ex-deputado Valdemar da Costa Neto teve um crescimento de 50% . O PT, do presidente Lula, ampliou a bancada de prefeitos de 183 para 245, o que representou um crescimento de 37%. No campo da centro-esquerda, a legenda que mais alcançou prefeituras foi o PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin, que tinha 258 prefeituras e terá, agora, o comando de 311 municípios, representando um aumento de 21%.

 

Por fim, os maiores derrotados das eleições de 2024 foram os tucanos do PSDB e o partido deixado pelo ex-governador gaúcho e fluminense, Leonel Brizola, do PDT. Os tucanos apresentaram uma queda de 49% e os pedetistas, muito devido ao racha protagonizado pelos irmãos Cid e Ciro Gomes, o que resultou numa queda de 53%. O PSDB que tinha 531 prefeituras, terá a partir de 2025, 273 gestões municipais. O PDT que tinha 318 municípios caiu 150.

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