Alíquota de impostos sobre consumo cairá mais de 10% em relação ao praticado atualmente, afirma deputado considerado um dos “pais da reforma tributária”
De acordo com o deputado paranaense do Podemos, a alíquota média do Imposto de Valor Agregado será de 30%. Atualmente, a alíquota é superior a 40%.
Por Humberto Azevedo
A alíquota de impostos sobre o consumo irá cair mais de 10% do que é praticado atualmente, afirma o deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR), considerado um dos “pais da reforma tributária”. A afirmação aconteceu num vídeo didático postado nas suas redes digitais. O parlamentar é ex-secretário de Fazenda do Paraná e também um dos articuladores da Lei Kandir, que impulsionou as exportações das commodities.
De acordo com o deputado paranaense do Podemos, a alíquota média do Imposto de Valor Agregado (IVA) será de aproximadamente 30%. Atualmente, a alíquota é superior a 40%. Hauly aposta, ainda, que além da redução em mais de 10% da alíquota praticada hoje em dias sobre os impostos de consumo, ajudará o país a acabar com a inadimplência das empresas, que atualmente alcançam quase metade de todo o Produto Interno Bruto (PIB) de pouco mais de R$ 11 trilhões.
“Esse carnaval tributário tem um custo. Custa 1% do PIB ao ano. E quem paga esse custo? O consumidor. Quem é que paga a inadimplência? O consumidor. Quem é que paga os incentivos fiscais? O consumidor. É preciso entender que o imposto de consumo, quem paga é o consumidor. São as famílias e todo o povo brasileiro. E tem um outro detalhe importante: além dos 19,5% [do PIB], que é cobrado da população, só 13% chega nos cofres da União, estados e municípios”, falou.
“Portanto, tem 6,5% [do PIB] que é cobrado do consumidor e das famílias, que podem ser eliminados. E nós vamos eliminar isso com a criação do IVA, que está sendo aprovado no Congresso. Então, qual é a carga tributária hoje cobrada do consumidor brasileiro? 19,5% do PIB, que é cobrado e só 13% arrecadado. E esse 19,5% do PIB (…) dá [uma] alíquota média superior a 40% de todos os bens e serviços consumidos pelas famílias brasileiras, de acordo com o cálculo da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF)” do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), complementou.