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A maioria dos eurodeputados aprovaram, ainda, que as sanções contra o governo venezuelano de Nicolás Maduro devem ser adotadas também contra integrantes do CNE. Na foto, o chanceler brasileiro Mauro Vieira teve reconhecida a atuação do Itamaraty pelo parlamento da UE. (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

Parlamento da União Europeia reconhece Edmundo Gonzalez como “presidente legítimo da Venezuela”

Parlamentares mais à esquerda não votaram ou deliberaram contrário a iniciativa que contou com o apoio dos eurodeputados mais à direita; tentativa brasileira junto com Colômbia e México exigindo a divulgação das atas eleitorais foi reconhecida.

 

Por Humberto Azevedo

 

O parlamento da União Europeia (UE) reconheceu na última quinta-feira, 19 de setembro, o candidato oposicionista ao governo venezuelano de Nicolás Maduro, Edmundo González Urrutia, como “presidente legítimo da Venezuela”. Urrutia encontra-se exilado na Espanha desde o dia 8 de setembro, quando dias antes procurou a embaixada espanhola, em Caracas, após afirmar ter sido ele o vitorioso nas eleições presidenciais daquele país realizadas em 28 de julho.

 

Urrutia foi o candidato do partido “Unidade Democrática” (UD). Na madrugada do dia 29 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela confirmou que o pleito teria sido o atual presidente que concorreu pela segunda vez à reeleição, Nicolás Maduro, do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). O anúncio do CNE aconteceu quando 80% das urnas tinham sido apuradas. Imediatamente, os partidários de González refutaram o anúncio da corte eleitoral e iniciaram uma contagem paralela de votos que apontaria o candidato da UD como vencedor das eleições.

 

A decisão do parlamento europeu contou com o apoio dos eurodeputados mais à direita. Os eurodeputados mais à esquerda não votaram ou deliberaram contrário a iniciativa. A tentativa da diplomacia brasileira junto com a Colômbia e o México em exigir a divulgação das atas eleitorais para reconhecer a vitória de Maduro foi reconhecida pelos parlamentares europeus. O esforço do Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil foi reconhecido pelo Congresso da UE. Exigência não foi atendida pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano, que convalidou as atas publicadas pelo CNE mas não tornadas públicas. O TSJ deu o caso como encerrado no dia 22 de agosto.

O CNE alegou que as atas não foram divulgadas devido um ataque cibernético ter ocorrido na noite do dia 28 de julho, que foi identificado como proveniente da Macedônia do Norte – país em que o “staff” do candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos da América, Donald Trump, realizou algumas agendas dias antes. Tanto o CNE e o TSJ venezuelanos avaliaram que em virtude do episódio de invasão “hacker”, as atas não poderiam ser divulgadas em ambiente digital.

 

A decisão da UE em não reconhecer Nicolás Maduro presidente da Venezuela se junta a Argentina, Costa Rica, Equador, EUA, Israel, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.

 

Já os países que reconhecem Nicolás Maduro como presidente reeleito da Venezuela são os vizinhos de Caribe como: Antígua e Barbuda, Dominica, Granada, Santa Lúcia, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas, além da Argélia, Belarus, Bolívia, Burkina Faso, Catar, China, Coreia do Norte, Cuba, Eritreia, Guiné Equatorial, Honduras, Irã, Mali, Namíbia, Nicarágua, Palestina, República Árabe Saaraui Democrática, Rússia, Sérvia, Síria, Vietnã e Zimbábue.

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