Nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo diz que Lula lhe “deu total autonomia”
A nova dirigente do MDHC falou, ainda, que sua gestão à frente da pasta buscará adotar medidas para um “enfrentamento a violência sexual contra as crianças”, atender os direitos da população em situação de rua e das pessoas idosas.
Por Humberto Azevedo
A nova ministra dos Direitos Humanos, a deputada estadual de Minas Gerais pelo PT – Macaé Evaristo – afirmou nesta segunda-feira, 9 de setembro, em entrevista coletiva após ser indicada para assumir o cargo, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe “deu total autonomia” para assumir o comando do ministério.
Segundo ela, que assume o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) depois da demissão do então ministro Silvio Almeida acusado de ter supostamente cometido casos de assédio sexuais contra servidores da pasta ministerial, incluindo a ministra da Igualdade Racial – Anielle Franco, e de ex-colegas e ex-alunas, sua gestão à frente do ministério buscará adotar medidas para um “enfrentamento a violência sexual contra as crianças”, atender os direitos da população em situação de rua e das pessoas idosas.
“Esse Ministério tem políticas que são muito importantes e que a gente precisa ir para a luta porque tem muito trabalho a fazer. (…) [Essa foi] sim, [a ]primeira visita, [onde] já fizemos uma reunião breve para conhecer os secretários e também para organizar o processo de realização de um primeiro diagnóstico, principalmente das urgências”, comentou.
“A conversa com o presidente Lula foi bastante tranquila. O presidente Lula conhece já o meu trabalho e a grande questão [colocada] pelo presidente Lula é para que a gente possa fortalecer as políticas deste Ministério, que são muito importantes para o conjunto da sociedade”, complementou.
APURAÇÃO
Questionada sobre as acusações que pesam sobre o seu antecessor, Macaé Evaristo destacou que “quanto às denúncias, é muito importante que os órgãos responsáveis façam as apurações devidas”.
“Eu acho que é preciso garantir o direito das pessoas, das denunciantes e também garantir o amplo e pleno direito de defesa. E uma coisa que é muito importante, é que a gente garanta a privacidade e o sigilo sobre os fatos, principalmente, daquelas pessoas que foram lesadas”, completou.
“A minha expectativa é que a gente consiga, da forma mais transparente para todos, mas que a gente possa dar celeridade às prioridades para que o Ministério funcione e dê respostas à sociedade”, finalizou.