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Alencar Santana na tribuna do plenário da Câmara quer que a Câmara dos Deputados acompanhe a situação dos serviços prestados pela empresa concessionária, Enel. (Foto: Mário Agra / Agência Câmara)

Vice-líder do governo quer comissão externa da Câmara para acompanhar novo apagão em São Paulo

Tadeu Alencar quer ainda que a CFFC da Casa instale uma subcomissão para apurar as responsabilidades da empresa Enel em mais um caso que deixou a capital paulista desde sábado sem energia elétrica.

 

Humberto Azevedo

 

O vice-líder do governo na Câmara, Tadeu Alencar (PT-SP), apresentou nesta segunda-feira, 14 de outubro, uma comissão externa da Casa para acompanhar o novo apagão registrado na maior cidade do país, São Paulo, desde o último sábado, 12 de outubro.

 

Além da comissão externa, o petista quer ainda que a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara instale também uma subcomissão para apurar as responsabilidades da empresa Enel em mais este caso que deixou milhares de paulistanos sem energia elétrica desde o último sábado.

 

“Novamente, um grande “apagão” deixou sem luz quase 2 milhões de moradores na cidade de São Paulo, logo após um temporal que atingiu toda a região metropolitana. Passadas mais de 72 horas, milhares de consumidores ainda estão sem acesso à energia elétrica, e novamente se debate sobre as responsabilidades da Enel, a concessionária de energia elétrica que atende a cidade de São Paulo e região Metropolitana, tanto pela falta de energia quanto pela lentidão da volta desse serviço essencial para a vida das pessoas”, afirma Alencar no requerimento apresentado junto a CFFC.

 

“De forma inequívoca, pode-se argumentar que os ‘apagões’ em São Paulo escancaram a insuficiência do modelo privado na oferta de serviços públicos essenciais – os monopólios naturais, como é o caso de energia, saneamento e logística, ilustrado pelo resultado concreto negativo da agenda de privatizações que, ainda hoje, alguns tentam assegurar como solução absoluta, uma espécie de ‘terceirização do Estado e do bem público’. O lucro da Enel, que em 2019 era de R$ 777 milhões, saltou para R$ 1,5 bilhão no final de 2022”, complementou o petista.

 

“Isso demonstra que a empresa não enfrenta problemas financeiros ou de rentabilidade. No entanto, o aumento dos lucros veio acompanhado de uma deterioração no serviço. (…) O acompanhamento da falha na prestação dos serviços que ocorre na maior metrópole brasileira, suas repercussões e soluções é essencial para que além de garantir a dignidade do povo paulista e ressarcimento dos danos, sirva de aprendizado para que esta Câmara dos Deputados avalie os rumos do mercado de energia elétrica no Brasil”, completou o vice-líder governista.

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