Tokenização, base da nova era da economia digital, diz Sr. TAM
Por Ivan Souza
A tokenização de ativos promete desempenhar papel significativo na economia brasileira, facilitando o acesso ao capital para empresas brasileiras, especialmente startups e PMEs que podem encontrar dificuldades em obter financiamento por meio de canais tradicionais.
Com a emissão de tokens, é possível realizar ofertas para levantar fundos, permitindo a participação de investidores de todo o mundo. Nessa trilha, o grande diferencial é a união entre Drex (Real Digital) e tokenização, sob a batuta do Banco Central brasileiro. É o que traz confiança robusta às transações digitais, impulsionando a eficácia e a integração dos sistemas.
Outro benefício importante dessa nova era da economia digital é a redução de custos associados à emissão, negociação e liquidação de ativos, tornando os processos mais eficientes. Transações tokenizadas podem eliminar intermediários e simplificar os procedimentos de conformidade regulatória, resultando em economia de custo para as empresas e investidores.
E vai além. Pode promover inclusão financeira, permitindo que um número maior de pessoas participe de investimentos e ativos financeiros. Isso é particularmente relevante no Brasil, onde parte significativa da população ainda não tem acesso aos serviços financeiros tradicionais.
Transparência e segurança
A tecnologia blockchain, por trás da tokenização de ativos, oferece maior transparência e segurança. Isso porque os registros imutáveis e descentralizados garantem que as transações sejam transparentes e à prova de adulteração, contribuindo significativamente para aumentar a confiança de investidores e reduzir risco de fraude.
Diferentemente do que acontece nas criptomoedas, o Banco Central brasileiro garante legitimação e reconhecimento, proporcionando confiança. Acredito que o Drex vai servir como infraestrutura fundamental para a tokenização de ativos no Brasil ao estabelecer padrões e protocolos para transações digitais, facilitando a integração de ativos tokenizados em diversos setores da economia.
No modelo de uso do Drex, sempre haverá um agente de varejo no meio do processo. Dessa forma, não será possível fazer transferências diretas entre as partes, já que depois de concluída a transação, ela é irreversível.
Não importa quem vai dar o primeiro passo na transação, pois o contrato somente será concluído quando ambas as partes concluírem suas obrigações. Isso porque, o dinheiro e a propriedade serão transferidos de forma simultânea. Assim, se algum lado falhar, o valor pago e a propriedade voltam para seus respectivos donos.
Preparo essencial
No cenário financeiro que se desenha, marcado pela emergência da tokenização de ativos e chegada do Drex, a atuação de fornecedores, parceiros de soluções, serviços e consultoria, se torna ainda mais crucial para quem deseja sair à frente nessa revolução.
Eles são essenciais para ajudar empresas e instituições financeiras a entenderem as complexidades da tokenização de ativos, os cuidados na sua implementação e especialmente no alinhamento da evolução aos objetivos de negócio.
Ao menos por enquanto, nem tudo precisa ser tokenizado. Nessa trilha, é chave uma análise detalhada do atual cenário do negócio, que inclui avaliação dos ativos disponíveis, processos de negócios existentes e necessidades específicas da empresa. Mas para preparar o cliente com excelência, é necessário se preparar muito antes.
A preparação para esse cenário pode ser realizada em parceria com empresas de serviços de tecnologia da informação, por exemplo. Há muito tempo, elas vêm atuando na evolução do mercado financeiro, desde os primórdios da digitalização bancária, apoiando os principais bancos do país, incluindo toda a orientação e construção da estrutura de conectividade.
É um momento de grande expectativa e que vem nos mobilizando na criação de produtos e serviços dessa nova era, desde consultoria altamente personalizada a oferecimento de infraestrutura como serviço, por exemplo. Toda essa movimentação, no entanto, não envolve apenas a adoção de tecnologia, mas especialmente a construção de uma mentalidade de abertura para ideias e modelos de negócios inovadores.