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A partir deste mês, com a publicação da Lei n 7619 2024 no DODF o teste para detecção do vírus HTLV passa a integrar a lista de exames obrigatórios no pré-natal das gestantes do DF. (Foto: Sandro Araújo / Agência Saúde-DF)

Teste de HTLV agora é obrigatório no pré-natal das gestantes em todo o DF

Exame visa prevenir transmissão vertical do vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV) e proteger saúde materno-infantil. Rede pública já realiza cerca de 30 mil testes anuais para detecção do vírus.

 

Por Humberto Azevedo

 

O teste para detecção do vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV) agora faz parte da lista de exames obrigatórios no pré-natal das gestantes em todo o Distrito Federal (DF). É o que determina a lei 7.619, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) em 18 de dezembro. A medida tem como principal objetivo prevenir a transmissão do vírus de mãe para filho e reduzir sua disseminação.

 

O HTLV é da mesma família do vírus da imunodeficiência humana (HIV/Aids) e infecta as células do sistema imunológico. Ele pode ser transmitido por relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas e seringas, transfusões sanguíneas e de mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação, sendo esta a chamada transmissão vertical.

 

A ginecologista obstetra da Secretaria de Saúde (SES-DF), Elielma Almeida, destaca a importância da iniciativa. Embora muitos portadores do vírus permaneçam assintomáticos por décadas, o HTLV pode causar complicações graves, como lesões de pele, fraqueza muscular, alterações no caminhar e incontinência urinária. 

 

“A identificação de gestantes infectadas pelo HTLV é fundamental para prevenir a transmissão vertical e conter a disseminação do vírus. Isso protege não apenas o bebê, mas também reduz os impactos do vírus na população a longo prazo. (…) O vírus reduz a imunidade e pode gerar sintomas severos a longo prazo”, explica e alerta a obstetra da rede pública do DF, Elielma Almeida.

 

ANTES DA LEI

 

O Distrito Federal já disponibiliza o exame na rede pública por meio da Rede Cegonha. Cerca de 30 mil testes são realizados por ano. (Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF)

Antes mesmo da publicação da norma, o teste para HTLV já era disponibilizado na rede pública do Distrito Federal por meio da Rede Alyne – programa do governo federal, antes chamado de Rede Cegonha, que organiza o atendimento a gestantes, parturientes, recém-nascidos e crianças de até dois anos. 

 

Segundo dados do GDF, a rede pública de saúde da capital federal realiza, em média, 30 mil testes anuais para detecção do vírus, garantindo suporte às gestantes atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

 

PREVENÇÃO

 

No caso de mães infectadas com o HTLV, a amamentação é contraindicada, já que o vírus pode ser transmitido pelo leite materno. (Foto: Sandro Araújo / Agência Saúde-DF)

O diagnóstico do HTLV é feito por exames de sangue seguidos de testes confirmatórios. Quando detectado em gestantes, medidas específicas são adotadas, incluindo a contraindicação da amamentação para evitar a transmissão para o bebê por meio do leite materno. Além disso, práticas preventivas, como o uso de preservativos, a não reutilização de agulhas e seringas e a triagem rigorosa de sangue para transfusões são fundamentais para reduzir os riscos de contágio.

 

Todas as gestantes do DF podem iniciar o pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O acompanhamento inclui o teste de HTLV e orientações para prevenir a transmissão vertical e garantir a saúde materno-infantil. Basta procurar a UBS de referência para receber o atendimento.

 

Com informações de assessoria.

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