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STF tem primeiro fotógrafo com síndrome de Down; conheça o trabalho de Bruno Moura

Cerca de 30 profissionais com deficiência trabalham atualmente em diferentes áreas do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Fotógrafo, de 22 anos, atua no plenário da Corte

Por g1 DF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, anunciou durante uma sessão na última quinta-feira (16) que era o primeiro dia de trabalho no plenário de um novo fotógrafo, Bruno Moura. O anúncio fez o jovem de 22 anos sorrir e emocionou quem estava na sessão.

Bruno Moura é o primeiro fotógrafo com síndrome de Down a trabalhar no plenário do STF. Ele é uma das 30 pessoas com deficiência que atuam no Supremo, em Brasília.

“Eu gosto bastante de tirar fotos, gosto muito de aprender e estou animado pra trabalhar. É a primeira vez que vou trabalhar aqui e ter colegas de trabalho”, diz Bruno.

Para Antonio Augusto, fotógrafo do STF , o programa de inclusão de pessoas com deficiência na Corte abre portas e traz oportunidades. “O Bruno não tinha tido contato com a fotografia, mas quando foi apresentada a ele a proposta, gostou da ideia e topou o desafio”, conta Antonio.

“No primeiro momento, a equipe começou a ambientação dentro do próprio tribunal e a apresentar a fotografia pra ele, os equipamentos profissionais. E o Bruno tem se mostrado muito feliz, ele fala que está emocionado de estar aqui. Foi muito positivo ter ele na equipe, pessoalmente nunca tinha tido contato com um fotógrafo com síndrome de Down e tem sido muito bom”, diz Antonio Augusto.

Oportunidade

Além do Bruno, um grupo de 30 pessoas com deficiências diversas foi recebido no Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Elas passam a atuar em áreas como livraria, museu e arquivo.

Cinco outras pessoas, entre supervisores e intérpretes, fazem parte do grupo que trabalha pela inclusão. Mariana Mourão, psicóloga que apoia o Bruno em suas atividades no STF, diz que é uma oportunidade “incrível” e de aprendizado para todos.

“O Bruno tem feito fotografias bem diferenciadas do STF, treinando o olhar para ter esse cuidado de fazer a fotografia com a cara dele. Está sendo um momento muito importante, porque é um desafio muito grande na empregabilidade de pessoas com deficiência, então o Bruno está aqui para provar que é possível essa inclusão”, diz a psicóloga.

A vinda desses profissionais é fruto de uma parceria entre o STF e a Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial (CETEFE). No grupo, há pessoas com deficiência física, auditiva, intelectual, visual e Síndrome de Down.

Síndrome de Down não é doença, é uma condição inerente à pessoa

A síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição inerente à pessoa, portanto não se deve falar em tratamento ou cura. Essa condição está associada a algumas questões de saúde que devem ser observadas desde o nascimento da criança.

👉🏽O termo correto é criança com síndrome e criança comum; nunca se deve falar em “criança normal”.

A síndrome de Down é causada pela presença de 3 cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção.

As pessoas com síndrome de Down têm 47 cromossomos no núcleo das células em vez de 46, como é comum. O Brasil possui uma população de 350 mil pessoas com a síndrome, são 8 mil nascimentos por ano na proporção de 1 com síndrome a cada 750 nascidos.

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