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O setor de máquinas e equipamentos foi um dos que impulsionaram o desempenho da indústria catarinense em 2024. (Foto: José Fernando Ogura / Secom-PR)

Produção industrial fecha 2024 com crescimento em 17 dos 18 locais pesquisados

As maiores altas do ano foram os resultados de Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Ceará. Os dados são da pesquisa industrial mensal regional divulgada nesta terça pelo IBGE.

 

Por Humberto Azevedo

 

A produção da indústria nacional teve queda de 0,3% na passagem de novembro para dezembro, com recuos em sete dos 15 locais pesquisados. Com o resultado do último mês do ano, 2024 termina com crescimento de 3,1% em relação a 2023, apresentando taxas positivas em 17 dos 18 locais analisados. Os dados são da pesquisa industrial mensal regional divulgada nesta terça-feira, 11 de fevereiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

As maiores altas do ano foram os resultados obtidos pelos estados de Santa Catarina que teve um crescimento industrial de 7,7%, seguido do Rio Grande do Norte com 7,4% e Ceará com 6,9%, que aconteceram, principalmente, devido às atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, máquinas e equipamentos, confecção de artigos do vestuário e acessórios, e produtos alimentícios; de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel), e de artefatos do couro, artigos de viagem e calçados, confecção de artigos do vestuário e acessórios, e produtos têxteis.

 

Os demais estados que mais cresceram foram: Pará com um crescimento de 5,7%, Mato Grosso com 5,4%, Pernambuco com 4,6%, Paraná com 4,2%, Amazonas com 3,6% e Mato Grosso do Sul com 3,5%. Todos mostraram taxas positivas acima da média nacional que foi de 3,1%.

 

“Em 2024, o avanço verificado na indústria nacional aconteceu tendo uma baixa base de comparação em 2023, o que favorece o crescimento nesse tipo de avaliação. Regionalmente, houve um ganho de ritmo na indústria, com expansão em quase todos os locais pesquisados”, destaca Bernardo Almeida, analista da pesquisa.

 

SP

 

São Paulo exerceu a principal influência no acumulado do ano, com um crescimento de 3,1%. O analista lembra que a indústria paulista teve comportamento semelhante ao observado no cenário nacional, ou seja, com moderação.

 

“Esse resultado pode ser explicado pelo desempenho dos setores de veículos automotores (produção de autopeças, automóveis, caminhão-trator para reboques, semirreboques e caminhões) e de outros produtos químicos (produção de fungicidas para uso na agricultura, e de preparações capilares)”, explica Bernardo. 

 

ACUMULADO

 

Bahia com 2,7%, Goiás com 2,6%, a região Nordeste com 2,5%, Maranhão com 2,5%, Minas Gerais com 2,5%, Rio Grande do Sul com 0,6% e Rio de Janeiro com 0,1% também registraram crescimento na produção no índice acumulado em 2024.

 

Com um recuo de 1,6%, o Espírito Santo foi o único local que apresentou resultado negativo no índice acumulado no ano. Isso ocorreu, principalmente, devido ao desempenho das atividades de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo) e de celulose, papel e produtos de papel (celulose).

 

NEGATIVOS

 

Na comparação com o mês anterior, em dezembro de 2024 a produção industrial teve variação de menos 0,3%, com sete dos 15 locais pesquisados mostrando resultados negativos. Trata-se do terceiro resultado negativo em sequência, causando uma perda acumulada de 1,2%. As quedas mais expressivas vieram do Pará com menos 8,8% e do Ceará com menos 6,8%. A indústria paraense eliminou parte do ganho de 14,7% acumulado nos meses de outubro e novembro de 2024. Já o Ceará registrou perda de 8,0% em dois meses consecutivos de queda na produção.

 

Mato Grosso que apresentou queda de menos 4,7%, Paraná com menos 4,1% e Rio de Janeiro com menos 1,1% também tiveram taxas negativas mais intensas do que a média nacional que foi de menos 0,3%. São Paulo com menos 0,2% e Minas Gerais com 0,1% completaram a lista de locais com índices negativos em dezembro de 2024. A variação negativa em São Paulo foi provocada, em grande parte, pelos setores de alimentos, veículos automotores e produtos químicos.

 

Com isso, a indústria paulista está 1,6% abaixo de seu patamar pré-pandemia e 23,6% abaixo de seu nível mais alto, alcançado em março de 2011.

 

“O aumento da inflação e da taxa de juros mitigaram os efeitos positivos da melhora no mercado de trabalho, predominando, dessa forma, a cautela na produção industrial em dezembro”, observa o analista da pesquisa realizada pelo IBGE.

 

EXPANSÃO

 

No sentido oposto, Amazonas registrou alta de 4,3%, Espírito Santo com 4,0% e Pernambuco com 3,9% foram responsáveis pelas expansões mais intensas no último mês do ano, com o primeiro local intensificando o avanço observado em novembro último que tinha sido de 3,2%, o segundo mês interrompendo dois meses seguidos de queda na produção, na qual em que o período foi acumulado uma perda de 9,1%, e o terceiro acumulando ganho de 5,9% em dois meses consecutivos de crescimento. Bahia com 2,8%, a região Nordeste com 1,4%, Goiás com 0,8%, Rio Grande do Sul com 0,7% e Santa Catarina com 0,5% mostraram os demais resultados positivos em dezembro.

 

Em relação a dezembro de 2023, nove locais tiveram alta. No confronto entre os números de dezembro de 2024 e dezembro de 2023, o setor industrial cresceu 1,6%, com nove dos 18 locais pesquisados obtendo resultados positivos. É importante lembrar que dezembro de 2024 (21 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (20 dias).

 

Amazonas ficou com 11,0% e Pernambuco com 10,1% cresceram em nível superior a dois dígitos, sendo os mais intensos. Mato Grosso com 8,5%, Santa Catarina com 7,2%, a região Nordeste com 4,8%, Bahia com 4,2%, Rio Grande do Sul com 3,8%, Pará com 2,9% e Paraná com 2,5% completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice mensal de dezembro de 2024.

 

Por outro lado, Rio Grande do Norte apresentou um decréscimo no crescimento de menos 21,1% e Mato Grosso do Sul com menos 10,9% tiveram as quedas mais acentuadas. Seguidos por Espírito Santo com menos 9,2%, Ceará com menos 8,2%, Rio de Janeiro com menos 5,1%, Maranhão com menos 3,9%, Goiás com menos 2,8%, Minas Gerais com menos 1,8% e São Paulo com menos 1,5% apresentaram os demais resultados negativos em dezembro.

 

Com informações de assessoria.

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