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A ameaça dos Estados Unidos de impor tarifas sobre seus parceiros testará suas habilidades de negociação. (Foto: Reprodução / Wikipedia)

Países da OEA frustram tentativa de Trump de se apropriar da agenda latino-americana

Países da OEA se uniram para barrar a ascensão de chanceler apoiado pelos EUA ao cargo de novo secretário-geral da organização.

 

O chanceler surinamês Albert Ramdin foi eleito nesta segunda-feira (10) novo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). A eleição se deu com candidatura única de Ramdin, após seu concorrente ao posto, o chanceler paraguaio Rubén Ramírez Lezcano, retirar sua candidatura diante do movimento liderado por Brasil, Chile, Colômbia, Uruguai e Bolívia para apoiar a candidatura de Ramdin.

 

Dos 34 países da OEA com direito a voto, Ramdin obteve o apoio da Comunidade do Caribe (Caricom) e de Brasil, Chile, Colômbia, Bolívia, Costa Rica, Equador, República Dominicana e Uruguai, o que garantiu a ele muito mais do que os 18 votos necessários para conquistar o cargo. Lezcano, por sua vez, era apoiado por El Salvador, Argentina e EUA, que são os maiores financiadores da organização.

 

Ramdin, de 67 anos, conhece bem os meandros da OEA, tendo atuado como secretário-adjunto de 2005 a 2015, uma experiência que o ajudou a ganhar apoio. O surinamês era o único candidato desde a desistência no dia 6 de março do outro concorrente, o chanceler paraguaio Rubén Ramírez Lezcano, devido, segundo o presidente Santiago Peña, à mudança “abrupta e inexplicável” de posição de “países amigos”.

 

No fim de semana retrasado, o governo brasileiro costurou uma aliança com Chile, Colômbia, Uruguai e Bolívia, para evitar que o chanceler paraguaio, cortejado por Trump desde o ano passado, com o apoio da Argentina e de El Salvador, fosse eleito. Os cinco países propuseram o representante do Suriname e, em pouco mais de 24 horas, Costa Rica, Equador e República Dominicana aderiram à candidatura de Ramdin.

 

Ele liderará a OEA em meio ao turbilhão reformista nos Estados Unidos, alimentado desde que o republicano retornou à Casa Branca, em 20 de janeiro. Trump retirou seu país, um dos principais contribuintes financeiros da OEA, de organizações internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e pediu ao seu assessor, Elon Musk, o homem mais rico do mundo, que cortasse drasticamente os gastos federais.

 

Com informações da RFInternacional e Sputinik.

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