Outubro Rosa: Plenário comemorou campanha de prevenção ao câncer de mama
Por Carolina da Costa Lima
Nesta segunda-feira (21) aconteceu a Sessão Especial em comemoração ao Outubro Rosa, mês destinado à prevenção e tratamento do câncer de mama. Durante a sessão, foi discutido as principais dificuldades em relação ao diagnóstico e tratamento do câncer de mama e também a necessidade do cuidado integral das pacientes.
A Campanha objetiva conscientizar o máximo de mulheres acerca da prevenção do câncer de mama, bem como superar os inúmeros desafios envolvidos, como a superação da desigualdade, dificultando o acesso de mulheres mais pobres ao tratamento. A senadora Leila Barros (PDT-DF), autora do requerimento (RQS 678/2024) esteve presente na Sessão e destacou a importância do tratamento médico ocorrer juntamente de um suporte emocional.
“As mulheres que enfrentam o câncer de mama não estão sozinhas. Elas têm ao seu lado suas famílias, amigos e profissionais de saúde. Esse suporte emocional é tão importante quanto o tratamento médico […] É nosso dever como sociedade e como legisladores garantir que nenhuma mulher enfrente o câncer de mama sozinha” afirmou a senadora.
É direito de todo paciente de câncer do Sistema Único de Saúde (SUS) ter acesso à tratamento psicológico, medicamentos e até mesmo atendimento em casa, se necessário. Tudo isto está previsto na Lei 14.238, de 2021 instituída no Estatuto da Pessoa com Câncer, destacado pela senadora Leila como uma das várias normas criadas pelos parlamentares para atender mulheres com câncer.
A diretora-geral do Senado Ilana Trombka apresentou outras iniciativas promovidas pela Casa. Ilana destacou o projeto intitulado Liga de Bem, formado por voluntários do Senado, que levou cerca de 300 funcionárias terceirizadas para realizarem o exame de mamografia, além de promover uma campanha de arrecadação de mechas de cabelo para produção de perucas. Foram arrecadados também lenços de cabelo, bandanas e acessórios para o cabelo, que serão entregues à Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília e ao Hospital da Criança de Brasília José Alencar.
Para a fundadora da ONG Recomeçar (Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília), Joana Jeker, atualmente, o maior desafio na saúde pública é a demora para fechar o diagnóstico. Para ela, a criação de centros de diagnósticos rápidos com obtenção de resultado em um dia seria uma solução eficaz, uma vez que países como a Austrália já adotaram este método.
“[Diagnóstico em um dia] é possível, eu tive diagnóstico do câncer há 17 anos na Austrália. Tinha 30 anos de idade, e eu consegui o resultado no mesmo dia. Cheguei na clínica com nódulo palpável, foi feito o exame clínico, foi feita mamografia, mamotomia, e me pediram para aguardar. Aguardei cerca de uma a duas horas e já saí da clínica com o resultado de que eu tinha câncer de mama” relatou Jeker.
Neste mês de outubro, está acontecendo a exposição “Mulheres e Niemeyer” na Câmara Legislativa. A exposição traz mulheres diagnosticadas com câncer de mama em lugares emblemáticos da cidade. A curadoria foi realizada por Joana Jeker, com o intuito de “celebrar a força, a beleza e a resiliência” das mulheres que enfrentaram ou ainda enfrentam a doença.
Palácio do Planalto, Panteão da Pátria, Itamaraty, Catedral e Memorial JK são alguns dos locais representados nos painéis da mostra “Mulheres e Niemeyer”. Todos estes locais são de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer, responsável por estruturas icônicas em Brasília.
*Com informações Agência Senado