O então advogado e jurista Marcello Lavenère Machado, ex-presidente da OAB que apresentou o pedido de impeachment do ex-presidente Fernado Collor de Mello, em conjunto com o então eterno presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho, na entrega do documento ao Congresso Nacional no longínquo ano de 1992. (Foto Lula Marques / Agência Brasil)

OAB decreta luto de uma semana pela morte Marcello Lavenère

Lula que também emitiu “nota de pesar” pelo falecimento do então presidente da OAB que apresentou pedido de impeachment do ex-presidente Collor, em 1992, também lamentou a morte da escritora Diva Guimarães.

 

Por Humberto Azevedo

 

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decretou luto de uma semana pelo falecimento de seu ex-presidente Marcello Lavenère Machado, ocorrida neste último domingo, 12 de janeiro. O luto foi decretado pelo vice-presidente nacional e presidente em exercício da OAB, Rafael Horn. 

 

Membro honorário vitalício do Conselho Federal da OAB, o advogado presidiu a OAB de 1991 a 1993, um período marcante da história do Brasil e da instituição, quando liderou a sociedade no processo que resultou no impeachment do então presidente da República, Fernando Collor de Mello.

 

“A atuação de Lavenère na advocacia e na OAB é exemplo para todos que têm compromisso com a profissão”. Horn disse ainda que “o legado de Lavenère é de luta permanente”, comentou Rafael Horn.

 

O presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, afirmou que Lavenère é uma das referências para a advocacia.

 

“O sentimento que nos toma é de tristeza. Quem partiu foi um dos imprescindíveis da advocacia. Um homem com alma generosa e solidária. O presidente Marcelo nos deixa ensinamentos de coragem e altivez. Que descanse em paz na eternidade. À família e aos amigos, registro meu sincero pesar”, disse Simonetti.

 

LÍDER NATO

 

O membro honorário vitalício da OAB e presidente da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da entidade, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, afirmou que o Brasil “perdeu um líder nato”. Para Coêlho, que presidiu a OAB de 2013 a 2016, “o Nordeste deixa de contar com um jurista de escola”.

 

“A advocacia e a sua entidade, a OAB, não mais terão a presença física de Marcello Lavenère, nosso eterno presidente. Seus ensinamentos, exemplo, postura e atitude permanecerão como legado a nos inspirar pela construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária”, complementou.

 

GIGANTE

 

Felipe Santa Cruz, que presidiu a OAB de 2019 a 2022, afirmou que “a advocacia perde um gigante”. Ele acrescentou que “nos deixou hoje o eterno presidente Marcello Lavenère Machado. Exemplo de líder, modelo de colega. Que receba a justa morada ao lado do Senhor.”

 

Claudio Lamachia, presidente da OAB de 2016 a 2019, manifestou seus sentimentos à família e aos amigos de Lavenère.

 

“A OAB está de luto pela perda do presidente Marcello Lavenère Machado, dirigente de atuação marcante à frente de nossa instituição. Sua obra e atuação em favor da classe se manterão vivas e atuais, ao lado dos grandes nomes de nossa profissão e do direito brasileiro”, afirmou.

 

Para Ophir Cavalcante Junior, que foi presidente da instituição de 2010 a 2013, Marcello Lavenère “honrou a história da OAB e da advocacia brasileira ao defender a democracia em nosso país. [Ele] foi um exemplo sobre o compromisso que nos advogados devemos ter na defesa da justiça social”.

 

Cezar Britto, presidente da OAB de 2007 a 2010, afirmou que Lavenère “segue nos inspirando enquanto paradigma de presidente da OAB, advogado da belas lutas, cidadão que fez da democracia uma missão e nordestino que não recusava pelejar em nome da liberdade”. “Ele hoje habita as melhores páginas da nossa História, eternamente”, completou.

 

José Roberto Batochio, presidente de 1993 a 1995, lamentou a morte de Lavenère. “Com a partida de Marcello Lavenère Machado, perde muito o Brasil, diminui-se a cidadania, ficam menores a advocacia e a democracia brasileira. Momento de imensa tristeza para todos nós”, disse Batochio.

 

LETRAS

 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que também emitiu “nota de pesar” pelo falecimento do então presidente da OAB que apresentou o pedido de impeachment do ex-presidente Collor, em 1992, também lamentou a morte da escritora Diva Guimarães ocorrida no último sábado, 11 de janeiro.

 

“A professora que emocionou o país durante a Feira Literária de Paraty com a força do relato de sua trajetória, Diva Guimarães, faleceu neste sábado. Com 40 anos de magistério, Diva expôs o racismo que ainda persiste e precisa ter um fim. Ela deixa um legado de luta e ensinamentos que permanecerá vivo em seus alunos, familiares e admiradores, a quem presto minha solidariedade”, escreveu o presidente brasileiro.

 

Com informações de assessorias.

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