Nova era energética: Petrobras descobre mega reserva de petróleo no litoral sul
Se confirmado, o volume poderá posicionar o Brasil entre os maiores produtores globais, sendo uma saída estratégica para a crescente demanda energética.
De acordo com especialistas, a exploração da Bacia de Pelotas surge em um momento crítico para a indústria brasileira de petróleo, uma vez que a produção do pré-sal se aproxima de seu limite estimado para 2030. Sem alternativas viáveis, o país corre o risco de se tornar importador de petróleo. Nesse contexto, a reserva na Bacia de Pelotas pode garantir a autossuficiência energética e consolidar o Brasil como uma potência no setor.
A Bacia de Pelotas, localizada no extremo sul do país, foi leiloada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 2023, atraindo investimentos de grandes petroleiras. A Petrobras adquiriu 29 blocos, dividindo operações com a Shell e a CNOOC em um consórcio e com a Shell em outro. A Chevron também apostou na região, com 15 blocos arrematados.
Pedro Zalan, geólogo, aponta que a formação geológica da Bacia de Pelotas é semelhante à da Namíbia, onde a Chevron e a Shell já descobriram até 13 bilhões de barris. “Pelotas é uma área maior e mais profunda”, comentou Zalan em entrevista ao jornal O Globo.
Infraestrutura é um ponto crucial para viabilizar a exploração em larga escala. Cidades como Porto Alegre, Rio Grande e Pelotas são vistas como polos logísticos para o desenvolvimento da região, que pode demandar um investimento robusto em transporte, armazenamento e escoamento.
Segundo Roberto Ardenghi, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), “é fundamental um planejamento adequado para garantir que essa descoberta traga benefícios econômicos duradouros para o Sul do Brasil”.