Nordeste abrigou 15,6% dos pequenos negócios abertos no Brasil
O estudo do Sebrae sobre a “Abertura de Pequenos Negócios no Brasil” revelou que o Nordeste foi responsável pela abertura de 610.451 pequenas empresas, o que representa 15,6% dos 3.906.058 abertos no Brasil. A região aparece como a terceira que mais abriu pequenos negócios, ficando atrás do Sudeste (51,1%) e do Sul (19,1%).
O economista da Coordenação de Avaliação e Estudos da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Miguel Vieira de Araújo, destacou que “esses números estão acima da participação da Região no PIB nacional, que gira em torno de 14%”. De acordo com ele, nacionalmente, a abertura de pequenos negócios representou 96,4% das novas empresas, “o que demonstra a relevância desse nicho”. No Nordeste, essa participação é ainda maior, chegando a 97,4%. São chamados de pequenos negócios a soma de MEI, microempresas e empresas de pequeno porte.
Ao comparar o acumulado de 2024 até o mês de novembro com o acumulado do ano de 2023, a Coordenação de Avaliação e Estudos constatou que todos os estados brasileiros apresentam um valor maior na abertura de pequenos negócios, com destaque para Sergipe, que registrou a segunda maior variação (12,5%) e para Pernambuco com a sétima maior variação (9,3%) do país.
DISPARIDADES — A Sudene constatou a permanência de disparidades entre as regiões ao analisar o estudo. De acordo com o economista, é possível observar o desequilíbrio regional ao constatar que São Paulo abriu, apenas no mês de novembro, 33.474 pequenos negócios e Sergipe e Piauí abriram, respectivamente, 25.290 e 28.296 nos 11 meses acumulados.
NOVA INDÚSTRIA BRASIL — Segundo a Coordenação de Avaliação e Estudos da Sudene, cerca de 7,6% das pequenas empresas abertas no Nordeste são indústrias, proporção semelhante à brasileira (7,8%). Entretanto, de acordo com levantamento feito pela Superintendência, quando se observa a participação nordestina na abertura de pequenas empresas no setor industrial do Brasil, encontra-se uma proporção em torno de 15%.
“Isso mostra a relevância do que a Sudene está defendendo junto ao Programa Nova Indústria Brasil (NIB), que é a ênfase na pequena e média empresa industrial, fortalecendo este elo das cadeias produtivas existentes na Região, como foco das iniciativas das missões da NIB no Nordeste”, concluiu Miguel.