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Marco regulatório dos fundos de investimento, especialistas afirmar que pode ser um desafio ao mercado

Da Redação

Especialistas afirmam que o novo marco regulatório dos fundos de investimento, em vigor a partir desta semana, contribui para o “amadurecimento” do mercado financeiro, mas também representa desafios.

A resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) introduz maior transparência ao padronizar a legislação, além de permitir que investidores comuns ou pessoas físicas acessem fundos que anteriormente só eram destinados a grandes investidores.

A medida também simplifica o acesso aos investimentos e proporciona maior segurança e proteção aos investidores.

Para o vice-presidente de clientes da Warren, Leandro Corrêa, o cliente vai passar a ter maior poder para decidir sobre os produtos e se, de fato, está sendo bem assessorado.

“O problema não está no custo. Está no conflito de interesse entre quem oferece e quem recebe”, afirma.

Ele ainda acredita que, para a consolidação deste modelo, deve acontecer uma mudança de comportamento dos clientes, mas primeiro dos assessores.

“Os bons assessores vão sair na frente e vão virar a chave e migrar juntos para o modelo fee based [baseado em uma taxa, em tradução livre]. Os ruins vão pagar essa conta”, conclui.

“Considerando o possível crescimento do número de fundos e de emissões de cotas, ao longo dos próximos meses, enxergamos um importante desafio na forma de apresentação de análises de risco e metodologias, que é a utilização de uma linguagem ainda mais clara e objetiva para facilitar o entendimento e reduzir possíveis ruídos gerados pela natural assimetria de informações para um público, eventualmente, menos qualificado em termos de conhecimento sobre o produto”, afirma.

Alex destaca que a diversificação de opções de investimentos no mercado de capitais brasileiro, promovida pela resolução, deve alterar a configuração das fontes de financiamentos para as operações de crédito.

“Além disso, no médio prazo, isso pode acelerar o esvaziamento do funding para algumas modalidades, como os recursos da poupança para o financiamento imobiliário e, dessa forma, estimular os tomadores de recursos a buscar outras alternativas de captação e até mesmo desenvolver novos instrumentos”, conclui.

Já Tatiana Guedes, head de Produtos da InvestSmart XP, afirma que ainda é cedo para avaliar as consequências exatas da resolução para o investidor e para os mercados.

“De fato, a proposta traz melhorias significativas, o que contribui para o amadurecimento do mercado financeiro brasileiro e possibilita que investidores tenham mais interesse em alocar seus recursos em fundos de investimentos”, diz.

Fonte: CNN

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