Pesquisa sobre desigualdade do Brasil revela que capitais do Norte e Nordeste têm os piores índices
Agência Brasil
O Mapa da Desigualdade, divulgado na terça-feira (26), pelo Instituto Cidades Sustentáveis, revelou que as capitais do Norte e Nordeste do país têm os piores indicadores. O levantamento reuniu 40 dados oficiais de saúde, educação, moradia e saneamento básico, comparando os resultados das capitais brasileiras. Os piores desempenhos foram vistos nas cidades de Porto Velho, Recife, Belém, Manaus, Rio Branco e Maceió, respectivamente. Já as capitais consideradas menos desiguais são Curitiba, Florianópolis, Belo Horizonte, Palmas, São Paulo e Vitória.
A pesquisa atualiza alguns dos principais problemas das capitais brasileiras. Salvador, por exemplo, tem 11% da população vivendo abaixo da linha da pobreza; na outra ponta, aparece Florianópolis, com 1%. A capital baiana também teve os piores indicadores de desemprego e desnutrição infantil. Belém tem 55% da população vivendo em favelas; já em Campo Grande, esse número é de apenas 1,4%.
Por outro lado, a capital do Mato Grosso do Sul apresentou os piores resultados de desigualdade de salário por sexo e na presença feminina na Câmara Municipal. Segundo o Mapa da Desigualdade, Macapá, no Amapá, tem o maior índice de gravidez na adolescência do país.
A pesquisa também mostrou que Belo Horizonte e Porto Alegre são cidades com as população vivendo mais, em média até 72 anos. Na outra ponta, fica Boa Vista, em Roraima: a idade média de vida da população é de 57 anos