Foto: William Duarte/Rede Amazônica

Manaus encoberta por fumaça pelo segundo dia consecutivo

Da Redação

Manaus segue encoberta por fumaça nesta quinta-feira (12). Esse é o segundo dia em que a fumaça toma conta da capital, reflexo das queimadas usadas de forma irregular por agropecuaristas (entenda abaixo).

Nesta manhã, nas Zonas Sul e Centro-Sul da capital, edifícios desapareceram e a visibilidade para os motoristas era ruim já nas primeiras horas do dia.

Desde a quarta-feira (11) uma ‘onda’ de fumaça cobre Manaus. A fumaça foi tanta que universidades tiveram que suspender as aulas presenciais.

A World Air Quality Index, uma plataforma acompanha os níveis de poluição no mundo, colocou a capital entre as piores cidades do planeta em poluição do ar por causa do nível de fumaça.

Fumaça vem da Região Metropolitana, diz Ibama

Na noite da quarta-feira, o Superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo, disse que a ‘onda de fumaça’ que encobre Manaus está vindo dos municípios do Careiro e Autazes e é causada por agropecuaristas.

“Essa fumaça vem dessa região e é provocada pelo uso inadequado do fogo em áreas de agropecuária e que se estendem para áreas de vegetação.” — Joel Araújo, superintendente do Ibama no Amazonas.

Segundo o superintendente, há brigadistas tentando apagar as chamas. “O Ibama tem 45 brigadistas atuando em um grande incêndio ambiental, o maior da região, no município do Careiro, na tentativa de diminuir essa fumaça, que está sendo carregada de lá para a cidade de Manaus”, disse o superintendente.

De acordo com as autoridades, o estado do Amazonas registrou 9 mil focos de incêndio entre setembro e outubro, o que fez com que o estado decretasse emergência ambiental.

Segundo o monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Autazes é o quarto município que mais registra queimadas em toda a Amazônia Legal no mês de outubro. Somente nos dez primeiros dias do mês a cidade registrou 236 focos de calor.

Autazes e Careiro, inclusive, estão localizadas na região da BR-319, que tem a sua revitalização cobrada por políticos do estado e é palco de discussão entre ambientalistas e pecuaristas.

Fonte: G1

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