Lula lamenta morte de ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter
De acordo com o presidente brasileiro, o ex-ocupante da Casa Branca, que governou os EUA entre 1977 a 1981, “pressionou a ditadura brasileira pela libertação de presos políticos” e “trabalhou junto com o Brasil na mediação de conflitos na Venezuela e na ajuda ao Haiti”.
Por Humberto Azevedo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou na noite deste último domingo, 29 de dezembro, a morte de ex-presidente dos estados Unidos da América (EUA), Jimmy Carter, que faleceu aos 100 anos após estar um ano com cuidados paliativos desde o falecimento da sua esposa, Rosalynn, em novembro de 2023.
De acordo com o presidente brasileiro, o ex-ocupante da Casa Branca, que governou os EUA entre 20 de janeiro de 1977 a 20 de janeiro de 1981, “pressionou a ditadura brasileira pela libertação de presos políticos” e “trabalhou junto com o Brasil na mediação de conflitos na Venezuela e na ajuda ao Haiti”.
Antes de chegar à presidência dos EUA, foi senador estadual da Geórgia entre 1963 a 1967 e governador daquele estado entre 1971 a 1975. Sua vitória nas eleições de 1976, quando foram comemorados os 200 anos de independência norte-americana, se deu após a renúncia do ex-presidente Richard Nixon em meio aos escândalos do “watergate” e as derrotas militares das Forças Armadas no Vietnã.
“Jimmy Carter foi senador [estadual], governador da Geórgia e presidente dos Estados Unidos. Foi, acima de tudo, um amante da democracia e defensor da paz. No fim dos anos 70, pressionou a ditadura brasileira pela libertação de presos políticos. Depois, como ex-presidente, continuou militando pela promoção dos direitos humanos, pela paz e pela erradicação de doenças na África e na América Latina. Carter conseguiu a façanha de ter um trabalho como ex-presidente, ao longo de décadas, tão ou mais importante que o seu mandato na Casa Branca”, escreveu Lula nas suas redes digitais.
“Criticou ações militares unilaterais de superpotências e o uso de drones assassinos. Trabalhou junto com o Brasil na mediação de conflitos na Venezuela e na ajuda ao Haiti. Criou o Centro Carter, uma referência mundial em democracia, direitos humanos e diálogo. Será lembrado para sempre como um nome que defendeu que a paz é a mais importante condição para o desenvolvimento. Meus sentimentos aos seus familiares, amigos, correligionários e compatriotas nesse momento de despedida”, encerrou.