Lula empossa nova ministra Macaé Evaristo
A nova ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, assumiu o cargo desde o último 11 de setembro, quando se licenciou do mandato de deputada estadual que exercia em Minas Gerais. Ela substitui o ex-ministro Silvio Almeida que deixou a pasta acusado de cometer assédio sexual contra várias mulheres.
Por Humberto Azevedo
Em cerimônia no Palácio do Planalto no final da manhã desta sexta-feira, 27 de setembro, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deu posse à nova ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, a professora e assistente social Macaé Evaristo – deputada estadual licenciada por Minas Gerais pelo PT.
Nomeada desde o dia 11 de setembro, Macaé Evaristo substitui o ex-ministro Silvio Almeida que deixou a pasta acusado de cometer assédio sexual contra várias mulheres. Durante sua fala na cerimônia, a nova ministra destacou que sua gestão à frente do Ministério tem como objetivo cuidar e articular as políticas públicas pelos direitos fundamentais de toda a população brasileira.
A ministra ressaltou que é preciso criar políticas que estimulem a convivência, solidariedade e, acima de tudo, cuidado comunitário. Além de implementar um plano de ação que tenha como premissa a valorização das potências das populações mais vulneráveis, periféricas, residentes em comunidades urbanas e do campo que “pavimentam os caminhos de um futuro de um Brasil sem fome, sem miséria, sem racismo, sem machismo, sem capacitismo, sem LGBTQIA+fobia, sem etarismo”.
A nova ministra falou ainda que a vocação do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania é o de “garantir humanidade, direito à vida, liberdade, educação, saúde e trabalho, além de assegurar o direito à memória e à verdade”. Outro objetivo da nova ministra será o de “cuidar especialmente das pessoas mais vulneráveis e estimular a convivência na diversidade”.
“Afirmamos que um Estado e uma sociedade efetivamente republicana, com direitos iguais para todas as pessoas. Uma sociedade que supera a perversidade do racismo em todas as suas formas. Uma sociedade que reconheça a potência dos saberes, vivências e experiências do nosso povo, de nossos ancestrais e de nossas comunidades tradicionais”, discursou.
“Implementar um plano de ação que tenha como premissa a valorização das potências das populações, das periferias, favelas, comunidades urbanas e do campo que pavimentam os caminhos de um futuro de um Brasil sem fome, sem miséria, sem racismo, sem machismo, sem capacitismo, sem LGBTQIA+fobia, sem etarismo”, listou. “Direitos Humanos não é um termo metódico. Ele só tem sentido se for materializado na vida cotidiana das pessoas”, complementou.
BIOGRAFIA
Nascida em São Gonçalo do Pará, no estado de Minas Gerais, em abril de 1965, Macaé tem trajetória marcada na educação, na luta antirracista, no ativismo e na defesa dos direitos humanos. Professora e assistente social, foi a primeira mulher negra a ocupar os cargos de secretária de Educação na prefeitura de Belo Horizonte, entre 2005 a 2012; e da secretaria do estado de Educação de Minas Gerais, entre 2015 a 2018, em que é acusada de promover superfaturamento na aquisição de uniformes escolares em convênio firmado com a prefeitura de Belo Horizonte (MG).
Como esclarecimento das denúncias, a nova ministra em nota distribuída à imprensa na data da qual já fora nomeada, 11 de setembro, informou que as demais ações que são movidas contra ela devido à época de ter ocupado a Secretaria de Educação em Minas, entre os anos de 2015 e 2018, já tiveram homologados acordos e que cumpriu todas as obrigações impostas pela justiça, “não existindo” mais “pendências” da parte dela junto ao Ministério Público estadual de Minas Gerais (MPMG).
Macaé Evaristo é reconhecida também pelo trabalho sociopolítico educacional em todo país. Graduada em Serviço Social pela Pontifícia Universitária Católica (PUC) de Belo Horizonte (MG), a nova ministra é mestra e doutoranda em educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na gestão da ex-presidenta Dilma Rousseff, entre 2013 e 2014, exerceu o cargo de secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (MEC).
Com informações de assessoria.
