Luiz Nishimori diz que valores dos planos safras dos grandes e médios produtores; e também da agricultura familiar, poderiam ser maiores
De acordo com o pessedista paranaense, “está muito difícil para os agricultores brasileiros poderem continuar plantando, trabalhando”. Vice-presidente da FPA, ele foi o único integrante da cúpula do colegiado a comparecer ao Palácio do Planalto para o lançamento do plano safra.
Por Humberto Azevedo
O deputado Luiz Nishimori (PSD-PR) afirmou, com exclusividade para o portal RDMNews, que os valores dos planos safras dos grandes e médios produtores e proprietários rurais; e também da agricultura familiar, poderiam ser maiores. Segundo ele, o aumento de 10% destinado para o financiamento do plantio, manutenção e colheita da próxima safra ficou no mínimo esperado.
No biênio 2023/2024, a agricultura empresarial foi contemplada com um pouco mais de R$ 364 bilhões. Para 2024/2025, o valor destinado em financiamento anunciado na última quarta-feira, 3 de julho, foi de um pouco mais de R$ 400 bilhões. O que representou um aumento de aproximadamente 10%.
O mesmo se deu no plano safra voltado para os pequenos produtores e agricultores familiares que produzem alimentos básicos como arroz, batata, mandioca e demais hortifrutigranjeiros; além daqueles que produzem alimentos orgânicos plantados e colhidos sem o uso de defensivos agrícolas (agrotóxicos). Para este setor, em 2023/2024 foi disponibilizado R$ 71,6 bilhões. Já para o plano de 2024/2025 o total disponibilizado ficou em R$ 76 bilhões, o que representou um aumento em algo de 9%.
“A expectativa é sempre grande de um ano para outro. Lógico que os valores teriam que ser muito maiores que em relação ao ano anterior, porque nós temos um pouquinho de inflação e também custos dos insumos também, que aumentaram muito, mão de obra. E, lógico, que nós sempre esperamos pelo menos 10% a mais”, falou Nishimori.
DIFICULDADES
O pessedista paranaense, vice-presidente da região Sul da Frente Parlamentar de apoio à Agropecuária (FPA), foi o único integrante da cúpula do colegiado que atua no Congresso Nacional em defesa dos interesses do setor do agronegócio, a comparecer ao Palácio do Planalto para acompanhar o lançamento do plano safra da agropecuária em escala industrial.
Segundo ele, “está muito difícil para os agricultores brasileiros poderem continuar plantando, trabalhando”.
“O setor do agronegócio, pequenos e médios produtores, estão com uma dificuldade muito grande, por motivo da estiagem, mesmo o excesso da chuva, estão colhendo pouco e já a dois anos que não colhem e o preço da commodittie, em geral, seja soja, milho, baixaram drasticamente”, destacou.
“Eu acho que esses incentivos são necessários. Não estamos pedindo subsídios agrícolas e nem proteção agrícola, mas pelo menos apoio financeiro, talvez, para que os agricultores possam cultivar, trabalhar e pelo menos tirarem o gastos deles e terem aí algum sobra para que possam defender a sua família”, concluiu.