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Com mandato à frente da presidência do BCB até o próximo 31 de dezembro, o economista Roberto Campos Neto é questionado dos motivos do porquê não vende dólares pertencentes às reservas da instituição quando a moeda brasileira se vê em processo de desvalorização junto a moeda dos Estados Unidos. (Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil)

Líder do PT na Câmara acusa Campos Neto de omisso e não fazer nada para conter ataque especulativo contra o Real

Para o deputado Odair Cunha, o Banco Central possui reservas justamente para impedir o que se deu nos últimos dias em que a moeda brasileira sofreu forte desvalorização frente ao dólar. No período Bolsonaro, o BCB interveio 122 vezes para controlar o câmbio. Com Lula, só duas vezes.

 

Por Humberto Azevedo

 

O líder do PT na Câmara, deputado Odair Cunha (MG), acusou nesta quinta-feira, 28 de novembro, o presidente do Banco Central do Brasil (BCB), Roberto Campos Neto, de omisso por não atuar para conter, segundo ele, um ataque e uma onda especulativa contra a moeda brasileira, o Real.

 

Para o deputado mineiro, o BCB possui reservas justamente para impedir o que se deu nos últimos dias em que a moeda brasileira sofreu forte desvalorização frente ao dólar. O petista lembra, que durante o governo do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, Campos Neto interveio 122 vezes para controlar o câmbio. No governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apenas duas vezes.

 

“É inaceitável a omissão do Banco Central frente à onda especulativa contra o real nos últimos dias. É um crime contra o povo brasileiro e a economia nacional a inércia de Campos Neto, cuja postura é uma mistura de omissão e ação de sabotagem contra o Brasil. É sua obrigação intervir no mercado, pois há diferentes instrumentos à disposição do BC”, comentou o líder petista em suas redes digitais.

 

“No governo passado, o presidente do BCB usou US$ 65,8 bilhões a fim de manter o câmbio sob controle. Só na véspera das eleições de 2022, Campos Neto vendeu US$ 20,85 bilhões. O BCB interveio 122 vezes no mercado de câmbio no governo anterior; no atual, só duas vezes. Com o governo Lula, fica inerte, com papel decisivo na espiral especulativa. Um absurdo!”, disparou Odair Cunha.

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