Jornalista Breno Altman vai a Cuiabá para lançar seu novo livro “Contra o Sionismo”
Lançamento será no Auditório da Adufmat (UFMT) na próxima terça-feira (04) às 19h e contará com debates e autógrafos
Na próxima terça-feira (04), Cuiabá recebe o jornalista Breno Altman, de São Paulo, para o lançamento do livro “Contra o Sionismo – Retrato de uma Doutrina Colonial e Racista”, às 19h, no auditório da Adufmat, na UFMT.
Aberto ao público, o evento gratuito contará com um bate papo sobre a história do sionismo na Europa e nas terras palestinas, onde a doutrina política chegou à sua maior representação: o genocídio em curso do povo palestino em Gaza.
Com mediação do fotógrafo e jornalista Ahmad Jarrah, a mesa conta com a presença da professora doutora do Departamento de História da UFMT, Ana Maria Marques, e do diretor da Sociedade Beneficente Muçulmana de Cuiabá, Assan Salim.
Lançado em dezembro do ano passado, “Contra o Sionismo” é resultado do acúmulo de debates, entrevistas e análises com especialistas sobre o contexto da nova agressão promovida por Israel.
O lançamento é uma realização do Comitê Mato-grossense em Defesa da Palestina e do ANDES – Sindicato Nacional Dos Docentes Das Instituições De Ensino Superior, com apoio da Adufmat, Sintuf e Tcha por Discos.
O autor
Breno Altman é fundador do site Opera Mundi e judeu antissionista. Ele denuncia o apartheid e os massacres contra o povo palestino desde o início de seu trabalho como jornalista.
Por conta disso, Altman vem sofrendo uma série de perseguições, encaradas por ele como censura, e recentemente foi alvo de um inquérito da Polícia Federal em resposta a uma denúncia da Confederação Israelita do Brasil (Conib). Ele já responde a diversos processos protocolados pela entidade, que afirma que críticas ao estado israelense são antissemitas.
“O sionismo não é igual ao judaísmo, ao contrário do que as entidades sionistas e o estado de Israel querem fazer crer. O sionismo é apenas uma corrente político-ideológica surgida no final do século XIX e que, a partir da metade do século XX, se constituiu na corrente majoritária entre os judeus, particularmente no que era a Palestina. Essa corrente tem dois princípios fundamentais: a criação de um estado étnico de supremacia racial; e que esse estado fosse construído na Palestina “, diferencia o jornalista.
Genocídio em Gaza
A resposta israelense à incursão dos diversos grupos da resistência armada de Gaza no dia 7 de outubro, visando a apreensão de reféns para libertar presos políticos palestinos de Israel, não segue as leis internacionais de territórios ocupados, guerra, direitos humanos e genocídio de acordo com a ONU e as cortes internacionais criminal e de justiça.
Em 238 dias de guerra na Faixa de Gaza, Israel realizou 3.191 massacres, resultando em 45.800 mortos e desaparecidos e 80.200 feridos. Até agora, foram encontradas 7 valas comuns com 520 corpos de palestinos.
Israel também destruiu 421 escolas e universidades, 384 unidades habitacionais, 248 unidades de saúde, sendo 33 hospitais, e 189 sedes governamentais. Ao todo, 493 profissionais da saúde, 69 agentes da defesa civil e 147 jornalistas foram assassinados.